terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Mistério envolve origem do templo de Tutmés III, o faraó guerreiro

"Luxor (Egito), 17 dez (EFE).- Um mistério com potencial para reescrever um capítulo da história do antigo Egito envolve a origem do templo de Tutmés III, o faraó guerreiro, e intriga a missão de arqueólogos dirigida pela espanhola Myriam Seco, que nesta semana conclui o décimo ano de escavações.

Dos mistérios mais fascinantes, do ponto de vista histórico, é a origem do templo, declarou à Agência Efe o egiptólogo Javier Martínez Babón, no poeirento local das escavações em Luxor, onde um enxame de operários tenta recompor as ruínas deste santuário de 3.500 anos de antiguidade.

Analisando o quebra-cabeça de gravuras em arenito, quebradas em 16 mil pedaços, os arqueólogos descobriram que as obras do Templo de Milhões de Anos de Tutmés III foram iniciadas, de forma surpreendente, antes que este faraó chegasse ao trono, durante o governo de sua tia e madrasta, Hatchepsut.

O epigrafista, que evita tirar qualquer conclusão prematura, acredita que nas paredes do templo existem evidências de que aconteceu uma perseguição posterior contra a lendária rainha-faraó da XVIII dinastia.

Em alguns hieróglifos referidos a ela como filha de Ra, a desinência feminina foi apagada por mãos desconhecidas e o texto foi transformado em filho de Ra, um processo similar ao ocorrido em outros templos dedicados a Hatchepsut.

A supressão da imagem da rainha-faraó levou vários egiptólogos a defender a hipótese, não confirmada, de que Tutmés pode ter se vingado assim de sua tia por ter usurpado o trono, o que, se estiver certo, seria uma das intrigas palacianas mais antigas da história.

Antes de fazer qualquer avaliação, os arqueólogos espanhóis pretendem estabelecer a data do início das obras, para saber se começaram durante a regência de Hatchepsut, quando Tutmés era criança, ou depois de sua proclamação como rainha-faraó.

É preciso ser muito prudente. A origem do templo é extremamente interessante. Vai dar o que falar, frisou Martínez.

Os epígrafes e relevos encontrados no templo, embora no geral estejam muito fragmentados, também forneceram informações valiosas sobre as expedições militares que levaram Tutmés III a erguer um império e expandir as fronteiras do Egito desde o atual Sudão até as margens do rio Eufrates na Síria.

Martínez explicou que até agora não havia registro da existência de relevos que ilustrassem as campanhas militares deste faraó, que viveu aproximadamente entre 1490 a.C. e 1436 a.C.

No entanto, no templo de Karnak, situado na cidade de Luxor e mais bem conservado, há hieróglifos que reproduzem os textos escritos pelos cronistas da corte que relatam as batalhas vencidas por Tutméss III, considerado o fundador de um império com uma extensão inédita para a época e que durou três séculos.

Entre outros detalhes curiosos, as inscrições mostraram que o faraó se dedicava à caça de elefantes - de raça asiática - em território sírio ao término de suas campanhas militares.

Os arqueólogos também encontraram vestígios no templo que demonstram a importância que os egípcios deram a Tutés III muito depois de sua morte.

Concretamente, já foram encontrados milhares de amuletos com forma de escaravelho, de recipientes de argila e rolhas com selos em homenagem a Tutmés III e que serviam para realizar oferendas de vinho.

Estas oferendas foram realizadas no próprio templo, nas épocas de vários faraós, ao longo de 250 anos, entre eles Tutmés IV, Amenófis III, Horemheb, Ramsés I e Ramsés II, que mostraram deste modo sua veneração ao fundador do império.

Os arqueólogos espanhóis, que estão há dez anos explorando a história de Tutés III, esperam estender seus trabalhos por pelo menos mais sete anos, e para isso contam com o apoio de patrocinadores, entre os quais se destacam a Fundação Botín e também o Santander Universidades, a Cemex e a Cajasol, além da recém incorporada FCC. EFE" (Fonte: Brasil em Folhas)

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Arqueólogos descobrem dois túmulos antigos na cidade egípcia de Luxor

"O Egito anunciou este sábado a descoberta de dois pequenos túmulos antigos, com 3.500 anos, na cidade de Luxor, que espera que impulsione os esforços de reavivar o setor do turismo do país atualmente em dificuldades.

Os túmulos, que datam da época do Império Novo, foram escavados numa necrópole na margem ocidental do rio Nilo, perto de Luxor, onde estava a antiga Tebas, capital dos faraós, figuram como a mais recente descoberta arqueológica naquela cidade do sul do Egito.

Uma múmia, em bom estado de conservação, uma estátua de uma cantora do deus Ámon Ra e centenas de artefactos de madeira e cerâmica ou pinturas intactas foram encontrados por uma missão de arqueólogos liderada por Mostafa Waziri, que é também secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades.

Os túmulos, que pertenciam muito provavelmente a nobres e altos funcionários da época e ainda não identificados, foram inicialmente descobertos na década de 1990 pela arqueóloga alemã Frederica Kampp, mas não tinham sido ainda alvo de escavações.

O achado mais valioso foi uma estátua, de cerca de 60 centímetros decorada com vivas cores, que representa uma mulher identificada como Isis Nefret, que estava numa câmara de sete metros na tumba denominada Kampp 150. Essa mulher foi, muito provavelmente, uma cantora do deus Ámon, a principal divindade da mitologia egípcia, e era mãe da pessoa que foi enterrada no sarcófago, que quis a homenagear a progenitora, explicou Mostafa Waziri.

“O trabalho da cantora de Ámon Ra era muito importante na época”, entre o final da XVII dinastia e o início da XVIII, por volta do siglo XVI a.C., explicou o mesmo especialista, citado pela agência de notícias espanhola Efe.

Os arqueólogos levantam a hipótese de o proprietário do túmulo ser um escriva chamado Maati, cujo nome surge junto ao da sua mulher, Mehi, em 50 cones funerários. Outra possibilidade é a de que pertença a uma pessoa chamada Djehuty Mes, cujo nome aparece esculpido numa das paredes, sobre quem se desconhece, porém, outros detalhes.

O outro túmulo, denominado de Kampp 161, fica a poucos metros de distância, na mesma margem do rio Nilo, e consiste numa câmara, de cerca de seis metros, profusamente decorada com inscrições hieroglíficas que “parecem que foram pintadas ontem ou há meia dúzia de dias”, realçou Mostafa Waziri.

O bom estado de conversação das pinturas deve-se ao facto de o túmulo ter sido reutilizado, altura em que se gerou uma camada de poeira ou areia que protegeu as suas cores durante mais de três milénios.
Na câmara desse túmulo, que data da XVIII dinastia, foi descoberta a parte inferior de um sarcófago decorado com uma cena da deusa Isis a levantar as mãos.

Ambos os túmulos, localizados na encosta de uma colina árida, a poucos quilómetros do Vale dos Reis, continham inúmeros objetos funerários, como cones, peças de imobiliário, louças e centenas de “ushabtis”, estatuetas que se colocavam nos enterros.

Esta é a terceira descoberta desde o início do ano na necrópole de Dra Abu al Naga.
Em abril foi encontrado o mausoléu de um dirigente da antiga Tebas, enquanto a descoberta da sepultura de um ourives que viveu na XVIII dinastia, que continha peças de um dos templos do deus Ámon Ra, foi anunciada no mês de setembro.

Estima-se que haja nesta necrópole pelo menos 250 túmulos, na sua maioria pertencentes a altos funcionários que trabalham ao serviço da corte do antigo Egito." (Fonte: Observador)

Foto: KHALED ELFIQI/EPA

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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

As 100 Melhores Histórias da Mitologia, livro de Carmen Alenice Seganfredo e A. S. Franchini


"Neste livro, as maiores batalhas do mundo antigo e o nascimento dos mais célebres heróis, bem como os principais episódios envolvendo deuses e deusas do Olimpo, são relatados na sua forma original, como se fosse uma prosa, uma ficção. Nas 100 histórias selecionadas, os mitos transformam-se em personagens vívidos e suas histórias são contadas como uma ficção." (Fonte: Wook)

... mais informações sobre este livro na "Área Reservada".

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Raio-X de última geração revela segredos de múmia egípcia intocada

«Cientistas de um laboratório nos Estados Unidos estão usando um aparelho de raio-X com tecnologia de ponta para pesquisar dentro de uma múmia egípcia que não havia sido "desvendada" desde a sua escavação, ocorrida um século atrás.

É a primeira vez que um raio-X de sincrotron (acelerador de partículas) de alta intensidade é usado em uma múmia, com o objetivo de produzir uma análise tridimensional extremamente detalhada do corpo e de quaisquer outros objetos escondidos sob as faixas de linho que o envolvem.

Trata-se de uma múmia incomum, já que não apenas o corpo foi preservado, mas também um retrato do rosto.

Pesquisadores acreditam tratar-se dos restos mortais de uma menina de 5 anos de idade, que morreu cerca de 1,9 mil anos atrás.

A múmia é parte de uma coleção que fica no campus da Universidade Northwestern em Chicago.

Esse é um dos cerca de cem "retratos de múmias" intactos de que se tem notícia. Nesses casos, o processo egípcio de mumificação foi acompanhado pelo estilo romano de retratar os mortos.

A pintura fornece uma imagem singularmente próxima à de como a menina parecia, e o programa de digitalização está tentando revelar mais sobre sua vida e morte sem ter de mexer nas camadas de tecido que cobrem o seu corpo.

Marc Walton, professor e pesquisador de ciência dos materiais na Escola McCormick de Engenharia, da Universidade Northwestern, disse à BBC que "é comovente perceber o quão jovem era essa criança quando morreu".

Segundo ele, a investigação feita até agora indica que ela foi relativamente saudável e não sofreu qualquer trauma significativo que pudesse explicar sua morte - a causa mais provável teria sido uma doença como malária ou sarampo.

Luz intensa

A múmia foi escavada em 1911 pelo arqueólogo inglês William Flinders Petrie, em Hawara, no Egito, e levada no ano seguinte para uma universidade em Chicago.

Desde então, tem sido exposta, mas permaneceu intocada, ao contrário de outras múmias. Apenas neste ano os pesquisadores começaram a investigar seu interior, mas sem usando essas técnicas avançadas.

No meio do ano, a múmia foi levada de seu espaço atual - o Garrett-Evangelical Theological Seminary, no campus da Northwestern University - até um hospital em Chicago para uma tomografia computadorizada preliminar.

Na semana passada, foi removida para o Argonne National Laboratory, um centro de pesquisa de ponta operado pela Universidade de Chicago para o Departamento de Energia dos EUA.

A múmia se tornou a primeira a ser examinada usando raio-X de sincrotron. Esse processo envia feixes luminosos de luz intensa para mapear qualquer estrutura abaixo da superfície.

Agora, pesquisadores da área de medicina querem investigar o tecido ósseo e os dentes. A pesquisa está em estágio inicial, mas já há perguntas sobre o que parece ser um objeto deixado dentro do crânio provavelmente após o cérebro ter sido removido como parte da mumificação.

Para Walton, o objeto parece ter sido formado por resina acumulada, que se instalou na parte de trás do crânio durante o processo de embalsamento.

Os pesquisadores esperam que isso ajude a desvendar o posicionamento do corpo e o processo de mumificação utilizado.

Também há sinais da presença de algum tipo de fio metálico ao redor da cabeça e dos pés.

Mas na avaliação do professor, esse material pode não se tratar de algum artefato antigo, mas de pinos inseridos durante ou após a escavação de 1911.

O raio-X de sincrotron vai permitir investigar o interior da múmia de forma muito mais detalhada do que outros métodos.

Segundo o Departamento de Energia dos EUA, os feixes de raio-X "ultrabrilhantes e de alta energia" produzidos no laboratório podem examinar estruturas e materiais em um nível de nanotecnologia "em que a escala é medida em bilionésimo do metro".

'Pinte os olhos mais suaves'

"O que me interessa mais é o osso que existe ali", disse o professor Stuart Stock, da Escola Feinberg de Medicina, da Universidade Northwestern.

"Essa é a múmia de uma criança de 5 anos. Estamos interessados, a partir de uma perspectiva médica, na qualidade dos ossos. Esse osso mudou com o tempo? Podemos começar a construir uma banco de dados sobre como o osso antigo se compara ao moderno."

Ele espera encontrar muito mais do que seria possível com uma tomografia computadorizada convencional.

"Nós queremos saber que materiais estão presentes. Isso nos dará pistas sobre o processo usado para preparar a múmia, e as medidas feitas mais tarde para estabilizá-la."

Os pesquisadores também querem saber mais sobre a menina que está em baixo de todas essas camadas de tecido.

Taco Terpstra, professor de História da universidade, diz que cerca de metade das crianças daquela época não chegava a completar dez anos de idade.

Walton afirmou que o retrato e o "sepultamento relativamente luxuoso" indicam que a menina devia fazer parte da elite de sua aldeia.

Ele é curador de uma exposição no Block Museum, na Universidade Northwestern, dedicada a esses retratos de múmias.

A mostra se chama Paint the Eyes Softer: Mummy Portraits from Roman Egypt("Pinte os olhos mais suaves - Retratos de múmias do Egito romano", em tradução livre.

A frase foi extraída de uma instrução escrita em grego no verso de uma dessas imagens, pedindo ao artista que não carregasse nas tintas ao reproduzir essa parte do rosto do morto retratado.» (Fonte: BBC)

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Geometria Sagrada, livro de Robert Lawlor

"Atualmente, estamos presenciando no campo das ciências uma tendência geral para o abandono da presuposição de que a natureza fundamental da matéria pode ser estudada a partir do ponto de vista da substância (partículas, quantum), em favor do conceito segundo o qual a natureza fundamental do mundo material só pode ser conhecida através do estudo da organização subjacente de suas formas ou ondas.

Tanto os nossos órgãos de percepção, como o mundo dos fenômenos que percebemos parecem compreender-se melhor como sistemas de esquemas puros, ou como estruturas geométricas de forma e proporção. Daí que, quando muitas das culturas antigas optaram por examinar a realidade através das metáforas da geometria e da música (a música enquanto estudo das leis das proporções da freqüência dos sons) encontravam-se muito próximas das posições da nossa ciência contemporânea."

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Encontradas no Egito 27 estátuas da deusa Sekhmet


"Uma coleção de 27 estátuas da deusa egípcia com cabeça de leoa Sekhmet foi encontrada perto dos Colossos de Mémnon, em Luxor (centro), anunciou neste domingo o ministro das Antiguidades.

A descoberta foi feita durante uma escavação realizada por uma missão arqueológica egípcio-europeia, inscrita em um projeto de conservação do templo do rei Amenófis III, um dos faraós mais importantes do Antigo Egito.

As escavações começaram em 7 de novembro e terminaram no final do mês, indicou à AFP Huring Suruzian, que dirige a missão, acrescentando que o estado de conservação das estátuas encontradas é variado.

Segundo Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, algumas estátuas representam a deusa Sekhmet "sentada no trono, segurando o símbolo da vida em sua mão esquerda, ou em pé e segurando um cetro de papiro na frente do peito", indicou o comunicado do ministério.
As efígies são talhadas em granito negro e medem até dois metros, segundo Mostafa Waziri.

Sekhmet, deusa leoa que personificava o calor destruidor do sol, era temida por seus inimigos por seu poder devastador." (Fonte: EM)

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Investigadores descobrem manuscrito sobre Jesus escondido há mais de 1500 anos

“Estava 'perdido' na Universidade de Oxford, numa coleção de documentos desenterrados em 1945, no Egito.

Investigadores da universidade americana de Austin encontraram a única cópia até agora conhecida, escrita na língua original (Grego), do Primeiro Apocalipse de Tiago, um livro renegado pelo Cristianismo. A obra, que faz parte dos textos apócrifos (rejeitados pelos cânones bíblicos) não incluídos no Novo Testamento, descreve supostos ensinamentos de Jesus a Tiago, o Justo, um dos seus 12 apóstolos.

As réplicas mais antigas do Primeiro Apocalipse de Tiago estão traduzidas na língua copta, falada no Antigo Egito, e integram a coleção de Nag Hammadi, o nome da cidade egípcia próxima do local onde uma versão do livro foi desenterrada em 1945, juntamente com outros documentos que ali terão permanecido escondidos ao longo de mais de 1500 anos.

Mais de 70 anos após essa descoberta, Geoffrey Smith e Brent Landau, investigadores do departamento de estudos religiosos da Universidade de Austin, encontraram agora um manuscrito do Primeiro Apocalipse de Tiago, redigido na língua original. Estava 'perdido' entre aquele conjunto de documentos, na Universidade de Oxford.

"Dizer que ficámos entusiasmados assim que percebemos o que tínhamos encontrado é um eufemismo", afirma Smith, num comunicado divulgado pela Universidade de Austin. "Nunca suspeitámos que fragmentos do Primeiro Apocalipse de Tiago sobrevivessem desde a Antiguidade. 
Mas ali estavam eles, mesmo à nossa frente". E na língua original.” (Fonte: Visão)

sábado, 2 de dezembro de 2017

Civilização Hitita

“A Civilização Hitita foi constituída por um povo indo-europeu, que se estabeleceu na Anatólia (atual Turquia) e formou um grande império naquela região a partir de 1700 a.C.

Os hititas foram um povo indo-europeu que se estabeleceu na região da Anatólia, também conhecida como Ásia Menor (atual Turquia), provavelmente antes de 2000 a.C. A partir de 1700 a.C., eles formaram um grande império na região, que chegou a rivalizar com o Império Egípcio (inclusive travando guerras contra eles). A Civilização Hitita exerceu sua hegemonia na região até aproximadamente 1200 a.C., quando foram conquistados pelos assírios.

As primeiras evidências da existência dos hititas foram localizadas ainda no século XIX, no entanto, a comprovação acerca desse povo aconteceu em dois grandes momentos. Primeiramente, em 1906, o arqueólogo alemão Hugo Winckler descobriu mais de 10 mil tábuas escritas pelos hititas.

As tábuas encontradas por Winckler registravam informações importantes da história dos hititas e de suas transações comerciais, por exemplo. O conhecimento sobre o conteúdo dessas placas só foi possível pelo trabalho do linguista checo Bedrich Hrozny, que, em 1916, conseguiu decifrar o idioma hitita e identificou-o como uma linguagem indo-europeia.

O trabalho de Hrozny pôde ser feito graças à tradução do trecho em hitita `Nu Ninda-An Ezzateni, Vatar-Ma Ekuteni’, que significa “você comerá pão, você beberá água”. A partir disso, ampliou-se a compreensão dos historiadores sobre a trajetória da civilização formada pelos hititas.

Império Hitita

A história dos hititas foi organizada pelos historiadores com a seguinte cronologia:
Antigo Império Hitita (1700-1400 a.C.)
Médio Império (1400-1343 a.C.)
Novo Império ou Império Hitita (1343-1200 a.C.)

O Antigo Império iniciou-se aproximadamente em 1700 a.C., com a fixação dos hititas na região e com a formação de um império. O estabelecimento dos hititas aconteceu a partir das campanhas promovidas contra os hatitas, um povo natural da região da Anatólia. Os ataques dos hititas concentraram-se contra a capital hatita, que se chamava Hattusa.

Com a derrota dos hatitas e a destruição de sua capital, os hititas reconstruíram-na pouco tempo depois e fizeram dessa cidade a capital de seu império. A conquista de Hattusa e a fundação do Império Hitita deram-se sob a liderança do rei Hatusil I. Atribui-se a esse rei o mérito de ter conseguido unificar o reino hitita e ter governado as grandes cidades da região com a ajuda de seus familiares.

Dessa forma, os hatitas foram gradualmente assimilados pelos hititas, e os historiadores afirmam ter existido uma grande influência da cultura hatita na cultura hitita. No entanto, sobre o curto período do Médio Império, o conhecimento desses especialistas é extremamente limitado por causa da falta de fontes com informações dessa fase da história dos hititas.

Durante o Novo Império, os hititas alcançaram o seu auge, principalmente durante os anos de reinado do rei Supiluliuma I, considerado o mais importante e mais poderoso rei dos hititas e que teria assumido o poder em 1344 a.C. Sob o governo dele, os hititas conseguiram derrotar o Reino dos Mitani (reino dos hurritas), transformando seus habitantes em vassalos.

Além disso, durante o reinado de Supiluliuma I, os hititas conquistaram os territórios do Levante (que corresponde a parte do Líbano, Síria e Israel). Essa região era controlada pelos egípcios, que foram sucessivamente derrotados com o crescimento e fortalecimento do exército dos hititas. Supiluliuma I ampliou seu ataque contra os egípcios após um de seus filhos ter sido morto por um general do exército egípcio.

Na campanha militar contra os egípcios, o rei Supiluliuma I morreu vítima de uma praga que se espalhou na região em 1322 a.C.. O seu filho, Arnuwanda II, sucedeu-o durante um breve período como rei hitita, porém também foi vítima da praga, e o poder passou para Mursili II, o filho mais novo de Supiluliuma I. Mursili II foi rei hitita no período de 1321 a.C. a 1295 a.C.

O reinado de Mursili II também foi bastante próspero, com o rei garantindo o controle sobre as terras já conquistadas e dominando novos territórios. Durante esse reinado, os historiadores acreditam que os hititas travaram guerras contra um povo chamado Ahhiyawa, que, muito provavelmente, trata-se dos micênicos. Existe, inclusive, uma teoria que afirma que a Guerra de Troia foi, na verdade, uma guerra travada entre micênicos e hititas na Ásia Menor.

Após os reinados de Supiluliuma I e Mursili II, os hititas entraram em um processo de decadência, que coincidiu com o fortalecimento dos assírios na Mesopotâmia. A região foi gradualmente conquistada por esse povo, e a capital Hattusa foi destruída por volta de 1200 a.C. Os historiadores acreditam que a região de Hattusa foi esvaziando-se pouco a pouco até por volta de 800 a.C.” (Fonte: Brasil Escola, por Daniel Neves)

Enigma de uma das 3 civilizações mais antigas do mundo foi descoberto

“Uma equipe de pesquisadores internacionais conseguiu entender que a civilização nasceu e prosperou sem possuir um grande rio em seu território.

Trata-se da sociedade que habitava a região do atual noroeste da Índia e Paquistão e há cerca de 5.300 anos conseguiu atingir um alto nível de desenvolvimento, principalmente graças ao sustento de um rio grande que depois se secou ou desapareceu por outra razão. Pelo menos, os cientistas costumam a crer nisso.

De acordo com vários livros da história, essa sociedade surgiu ao longo das margens do rio Sutlej (afluente do rio Indo). Não obstante, a nova evidência indica que o rio desapareceu antes que a civilização se instalasse na região, revela o estudo publicado na revista Nature Communications.

Esta conclusão é certamente surpreendente, sendo que os povos mais antigos sempre habitavam ao redor de rios para tirar vantagens das oportunidades que eles ofereciam. Assim foi no Antigo Egito e Mesopotâmia.

Os pesquisadores utilizaram imagens tiradas a partir de satélites para traçar o curso do rio Sutlej e determinaram que existia um canal do rio onde morava a civilização.

No entanto, ao examinar os sedimentos no canal deixado pelo rio, os cientistas descobriram que este não havia percorrido a região há mais de 8.000 anos.

A civilização harapeana existia no vale do rio Indo e tinha um nível de desenvolvimento muito alto. Suas cidades possuíam sistemas de esgoto e banheiros públicos, enquanto nas aldeias foram construídos sistemas de irrigação.” (Fonte: Sputnik)

Conheça a história intrigante por trás do poço iniciático de Sintra em Portugal

“A cerca de 30 quilómetros de Lisboa está localizada a cidade de Sintra, que abriga construções antigas de tirar o fôlego. De entre elas está um poço com cerca de 27 metros de profundidade, com uma aparência enigmática que deixa vários turistas intrigados: o famoso poço iniciático de Sintra, localizado no Palácio da Quinta Regaleira.

A história dessa construção está repleta de mistérios: para iniciar, o Palácio da Quinta da Regaleira foi propriedade de António Augusto, que foi distinguido pelo rei Dom Carlos I em 16 de agosto de 1904 como barão. Todavia, antes de sua posse, o palácio foi propriedade de diversos outros monarcas, sendo que a história da Regaleira atual se inicia em 1892, ano em que a propriedade foi adquirida pelo próprio Dr. António Augusto de Carvalho Monteiro (1848-1920) em questão.

A maior parte da construção atual da Quinta se iniciou em 1904 e terminou em 1910 além disso durante o período da monarquia. O palácio possui traços marcantes do arquiteto italiano Luigi Manini, contendo enormes jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas, como por exemplo o poço iniciático.

A curiosa “Torre Invertida” recebeu o nome de “Poço Iniciático” porque acredita-se que dentro dela teria ocorrido encontros entre membros da maçonaria. No fundo do local há uma estrela de oito pontas sobre uma cruz Templária em mármore, alguns dos símbolos utilizados pelos maçons.

Alguns estudiosos de símbolos alegam que os seus nove andares tenham relação aos nove círculos do inferno, as nove seções do purgatório e os nove céus do paraíso, descritos por Dante Alighieri em sua obra clássica “A Divina Comédia”, podendo servir como uma sala de reuniões, estudos os cerimônias de iniciação da Maçonaria no passado.

Agora, o propósito e as atividades que eram realizadas dentro desse local curioso… bem isso é de fato um Mistério do Mundo!” (Fonte: Boa informação)