sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Feliz Solstício de Inverno 2018

"O Solstício de Inverno ocorrerá no dia 21 de dezembro de 2018 às 22h23min, marcando o início da estação no hemisfério norte (a mais fria apesar da Terra vir a estar o mais perto do sol a 3 de janeiro). O sol neste dia de solstício estará o mais baixo possível no céu em Lisboa e aquando da sua passagem meridiana atingirá a altura mínima de 28° .

A tabela abaixo mostra que a duração do dia no Solstício de Inverno é efetivamente a mais curta. A 21 de dezembro de 2018 o disco solar nascerá às 07:51:04 horas e pôr-se-á às 17:18:07 horas em Lisboa.

A duração do dia será de 09:27:03 horas, o que é apenas 1 segundo a menos do que no dia seguinte.


O Inverno prolonga-se por 88,98 dias até ao próximo Equinócio, a 20 de março de 2019.

Solstícios: pontos da eclíptica em que o Sol atinge as alturas (distância angular) máxima e mínima em relação ao equador, isto é, pontos em que a declinação solar atinge extremos: máxima no solstício de Verão (+23° 26′) e mínima no solstício de Inverno (-23° 26′). A palavra de origem latina (Solstitium) associa-se ao facto do Sol travar o movimento diário de afastamento ao plano equatorial e “estacionar” ao atingir a sua posição mais alta ou mais baixa no céu local. (Fonte: Observatório Astronómico de Lisboa)
 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Dhammapada - “O Caminho da Sabedoria do Buda”

«Todos os fenómenos da existência têm a mente como origem, a men­­te como o seu supremo líder, e da mente eles são feitos. Se com uma mente pura alguém fala ou age, a felicidade (sukha) persegue-o co­mo uma sombra (chaya) que nunca o deixa.»
Buddha
Sutra 1 do Dhammapada

«A tradução do texto completo do Dhammapada em Pali, que sur­ge agora pela primeira vez em Português, representa um precioso tesouro espiritual pela transcendência da sua mensagem, e que, por isso, ultrapassou as fronteiras da Índia, tornando-se património de toda a humanidade. Pilar incontornável da poesia ética de tradição kavyá da Índia clássica, abre o caminho do aperfeiçoamento humano pela edificação das virtudes e pela denúncia da vaidade e do ego, da ignorância e da dor. (...) Buddha transmitiu o seu conhecimento por via oral e nada deixou escrito, limitando-se a seguir a tradição secularíssima da exposição da sabedoria ilustrada por aforismos, tal como todos os sábios e filósofos do Extremo Oriente e do Oriente Médio o fizeram durante milhares de anos.»
José Carlos Calazans
In Introdução

«A figura de Buddha e a sabedoria que irradiam dos seus ensinamentos são, para a Humanidade, e mesmo em pleno século XXI, uma luz nas trevas, um farol no agitado mar da vida humana. Nenhuma outra religião reconhece tanta importância às descobertas da própria consciência, à serena reflexão, à busca do saber. O próprio Buddha ensinava que não devíamos aceitar, de maneira nenhuma, aquilo que a nossa mente e o nosso coração não reconhecem como válido, ainda que estivesse escrito ou fosse dito pelo maior dos sábios.»
José Carlos Fernández
In Posfácio
(Fonte: Wook)

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Antigo túmulo intato de sacerdote real é descoberto no Egito

"Os arqueólogos encontraram uma tumba perfeitamente conservada, com mais de 4 mil anos de idade, na região da necrópole de Saqqara perto do Cairo, comunicou o ministro das Antiguidades do Egito, Khaled El-Anany, durante a apresentação de mais uma descoberta arqueológica.

Segundo o ministro, a tumba pertence a um sacerdote real que viveu nos tempos da quinta dinastia do Antigo Egito, cerca de 2504-2347 anos a.C.

"É uma das mais belas e significativas descobertas feitas em 2018 graças à sua pintura colorida, esculturas e ao fato de ter sido encontrada intata", anunciou o ministro.

Dentro da tumba há 18 nichos exibindo 24 grandes estátuas coloridas escavadas na rocha, que representam o proprietário e membros da sua família. A parte inferior da tumba contém mais 26 nichos pequenos com 31 estátuas de pessoas ainda não identificadas.

Khaled El-Anany explicou que a idade da tumba é de cerca de quatro mil anos, acrescentando que os cientistas irão investigar todos os artefatos.

Um grande número de embaixadores estrangeiros e membros de parlamento egípcio estiveram presentes no evento ligado à descoberta, comunica a mídia local.

No conjunto arqueológico de Saqqara, nos arredores da capital egípcia, há uma necrópole antiga, cujos primeiros enterramentos remontam à primeira dinastia dos faraós (séculos XXXI — XXIX a.C.). Um dos mais famosos monumentos de Saqqara é a Pirâmide de Djoser ou pirâmide dos degraus. (Fonte: Sputnik)

Fotos: AP Photo / AMR NABIL (SPUTNIK)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Les Rites dits "Egyptiens" de la Maçonnerie

"De même que l'on attribue à l'Ordre Maçonni-que en général des origines légendaires — soit le Temple du roi Salomon, soit l'Ordre des Tem-pliers, soit les collèges romains d'artisans — chacun des rejetons de l'arbre maçonnique tente de se rattacher à une source aussi antique que possible. Les rites dits « égyptiens » de la Maçonnerie n'échappent pas à cette règle ; ils tiennent, au surplus, dans la grande famille triangulaire une place particulière : leur échelle d'instruction com-porte 90 degrés — sans compter les grades admi-nistratifs, qui se terminent au 98e, depuis la réforme de 1934.

Interrogeons l'abondante documentation que ces rites originaux soumettent au jugement de l'his-toire. Une première version nous est présentée par le grand propagandiste du rite de Misraïm en France, Marc Bédarride — né en 1776 à Cavaillon ..."

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Mistério da construção das Pirâmides do Egito pode ter sido finalmente desvendado

"As Pirâmides do Egito são uma beleza arquitetónica e, milhares de anos após a sua construção, continuam envolvidas em mistério. Há muito que os arqueólogos se questionam como é que os antigos egípcios construíram aquela que é a maior pirâmide do mundo, a Grande Pirâmide.

Agora, e de acordo com uma nova descoberta arqueológicas, os especialistas podem finalmente desvendar parte do mistério, percebendo como é que os enormes e massivos blocos de pedra foram movidos.

Uma equipa internacional de cientistas – do Instituto Francês de Arqueologia Oriental (IFAO), no Cairo, e da Universidade de Liverpool, no Reino Unido – detetou os vestígios de um sistema que terá sido utilizado pelos egípcios para construírem as míticas pirâmides. De acordo com os cientistas, o engenho terá sido utilizado para transportar as pedras pesadas de alabastro por uma rampa íngreme.

O que resta do sistema foi encontrado numa antiga pedreira no deserto oriental do Egito, em Hatnub, local onde os egípcios exploravam o alabastro. Segundo os especialistas, o sistema é datado de há 4.500 anos.

Esta construção milenar foi encontrada numa plataforma inclinada que tinha, em ambos os lados, escadas e aberturas. Nessas aberturas, podiam encaixar-se colunas de madeira, nas quais se podiam enrolar cordas. Posteriormente, os pesados blocos de pedra – alguns com mais de duas toneladas – fixavam-se numa espécie de “trenó” de madeira.

Depois do engenho estar pronto, explicaram os cientistas, os construtores puxavam as cordas, deslocando os blocos através da plataforma com um declive de 20 graus.

“Este sistema é composto de uma rampa central ladeada por duas escadarias com vários buracos”, disse Yannis Gourdon, co-diretor da expedição arqueológica, ao Live Science.

Roland Enmarch, outro dos arqueólogos que participou na descoberta, explicou ainda que as cordas presas ao trenó funcionavam como um “multiplicador de força”, facilitando a subida do trenó até ao cimo da rampa.a

Anteriormente, os cientistas já pressupunham a existência de construções deste género, contudo, esta é a primeira vez que o engenho é encontrado. “Este tipo de sistema nunca foi descoberto em nenhum outro lugar antes”, disse Gourdon.
Construção contemporânea do reino de Khufu
Gourdon disse ainda que, de acordo com as marcas de ferramentas encontradas e tendo também em conta duas inscrições de Khufu identificadas, os cientistas acreditam que o sistema remonta, pelo menos, ao reinado de Khufu, o construtor da Grande Pirâmide.

“Como este sistema remonta, pelo menos, ao reinado de Khufu, significa que durante o tempo de Khufu, os antigos egípcios sabiam como mover enormes blocos de pedra usando encostas muito íngremes. Portanto, poderiam tê-lo usado para a construção da sua pirâmide”, acrescentou o cientista.

A Grande Pirâmide é a maior das três Pirâmides de Gizé, construídas para cada um dos três faraós – Khufu, Khafre e Menkaure. A Pirâmide de Khufu é a maior já construída no Egito, tendo 146 metros de altura quando foi construída. A erosão e o vandalismo foram diminuindo a sua altura, que está agora em 138 metros.

A Grande Pirâmide é ainda a mais antiga das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e a única que permanece quase totalmente intacta. E, milhares de anos depois, as pirâmides continuam a revelar mistérios ainda por resolver. (Fonte: ZAP // SputinkNews; LiveScience)

Fotos: Yannis Gourdon/Ifao e Hostelworld.com

domingo, 9 de dezembro de 2018

O Simbolismo do Natal, por Lúcia H. Galvão (Nova Acrópole)

"A presente palestra foi ministrada pela professora LÚCIA HELENA GALVÃO em 2008, onde faz relembrar as origens dos elementos que todos utilizamos por ocasião do Natal, e seus significados mais profundos - para que tornemos nossas celebrações mais conscientes e luminosas." (Fonte: Nova Acrópole)








segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

O Simbolismo da Festa de Natal, por Françoise Terseur (Nova Acropole)

"Esta festa é uma reactualização de um culto tão antigo como o mundo. A sua finalidade é muito importante, pois é um ponto de encontro entre o visível e o invisível; um instante de pausa e reflexão que permite ao homem fixar-se no tempo e espaço, fazendo deste instante um elo entre o passado, o presente e o futuro.

As formas do culto podem modificar-se com as épocas, as civilizações, as religiões, mas a sua essência é permanente e revitaliza-se graças a uma nova fé canalizada numa nova religião. Tomando vários aspectos, mas perpetuando-se através dos tempos, a sua mensagem é eterna; a sua forma muda, mas o homem que a vive é o mesmo.

A Festa de Natal faz parte desses cultos tão velhos quanto a humanidade; embora cristã na sua interpretação religiosa, ela contém em si as mesmas raízes milenárias de tradição indo-europeia, das quais fazem parte elementos célticos, germânicos, greco-romanos, entre outros. Assim, do culto cristão podemos extrair raízes pagãs que, infelizmente, foram muito mal interpretadas durante a Idade Média.

“Esta festa é uma reactualização de um culto tão antigo como o mundo. A sua finalidade é muito importante, pois é um ponto de encontro entre o visível e o invisível”

O termo pagão, que deriva do latim “paganus”, significava um camponês ou campónio. Quando Teodósio triunfou sobre o politeísmo greco-romano, numerosas povoações continuaram ainda a praticar certos cultos. Recusando submeter-se à religião dominante, foram chamados de pagãos. Mais tarde, esse termo, quase injurioso, generalizou-se a todos os povos, fazendo de incultas e ignorantes todas as civilizações anteriores ao cristianismo, tais como a Pérsia, Egipto, China, Grécia… Podemos chamá-las politeístas, monoteístas, mitológicas, mas não é correcto designa-las de pagãs.

No ritual do Natal vamos descobrir que a cerimónia da árvore e do Pai Natal vem do Norte e dos Germanos. O Pai Natal representa o Pai do Universo, velho como o tempo, que incarna toda a inteligência. Os seus brinquedos são os arquétipos celestes, os princípios imortais que são o instrumento de base e de fundação da Criação (os primeiros modelos antigos ou formas que constituem este Universo). Assim, o Pai Natal representa o começo e o fim da manifestação; ele distribui aos homens os reflexos ou imagens desses princípios, simbolizados pelos brinquedos, esperando que o homem se liberte do reflexo e se eleve até à origem das coisas. Este Pai Natal é também sábio e omnipresente, pois distribui a cada um o que lhe é devido, segundo a sua natureza e os seus actos.

árvore de Natal, eternamente verde, representa a árvore da vida que tem as suas raízes na terra, o seu vértice nas nuvens e o seu tronco como intermediário ou escada entre o visível e o invisível. Esta árvore de Natal que nos chega através dos Germanos – eles próprios a trouxeram do Oriente durante as suas migrações –, representa o universo. Asbolas multicolores não são nada mais que as esferas planetárias, as estrelas e as constelações estelares. A estrela do vértice, a “estrela” Vénus, é o símbolo do homem que encontrou um ponto de reunião entre a harmonia exterior e a interior. Esta “estrela”
Vénus anuncia o despertar do homem novo, o homem que renasce das suas dúvidas, dos seus receios e que se fixa no centro de si próprio a fim de transcender o perecível. Tal era a significação desta estrela mensageira que anuncia o aparecimento do Salvador: aquele que abrirá as trevas do Inverno ou da morte, para reconduzir a humanidade dispersa. É o amor do Divino pela humanidade, procurando reunir o Céu e a Terra ou o homem com o Deus interior.

Presépio é um dos elementos mais completos desta festividade. A gruta em que esta esperança nova ou menino Jesus vai nascer, também representa a sombria caverna do nosso ser interior. A Luz nasce da obscuridade como o Sol renasce da noite. Ela representa a matriz, o berço primordial protegido pela palha, que simboliza o elemento seco que emerge das águas caóticas da concepção. A Virgem é a natureza pura, o receptáculo imaculado, Maria, Maia, Matriz. A raiz “M”, em sânscrito, significa as águas que preparam, que protegem, que alimentam e permitem que a evolução se faça. Se Maria é o elemento passivo, Aquela que recebe, José é o elemento activo. Ele será o divino carpinteiro, Aquele que fixará, com os seus pregos, as primeiras fundações desta existência divina pois, quando os ângulos estão fixos, produz-se uma fricção. É desta reunião e fricção que vai nascer a chama.

No presépio, a vaca representa o elemento construtor, positivo da obra divina. É a que sopra o bafo quente sobre o menino em sinal de protecção. O seu leite simboliza o conhecimento, o elemento que destrói a ignorância. O seu rugido (“Meu…”) é um som constante que permite a continuidade do Princípio ou da Essência: o elemento conservador. O burro está ligado ao planeta Saturno; Seth no Egipto, princípio de transformação. “Ih – Eh” são dois sons que simbolizam a dualidade: mundo das experiências, do tempo, dos ciclos, da transformação; é o aspecto destruidor, o que destrói o perecível, o temporal. O cordeiro simboliza a pureza, a inocência e os pastores são os condutores do rebanho terrestre que irão ser suplantados por um Pastor Celeste. Os reis magos simbolizam, num dos seus aspectos, as raças da humanidade que vêm servir este novo príncipe de uma humanidade melhor e mais espiritual.

O período de Natal é igualmente importante pelo facto de coincidir com o solstício de Inverno. É a morte física para o renascimento espiritual. A vitalidade da natureza está no seu ponto descendente, mas ela pode trabalhar no interior, preparando a Primavera no coração do Inverno. Veremos que, no Egipto, Horus nasceu em Dezembro; Mitra e Agni a 25 desse mês. Todos são Deuses do Fogo interior.

Este período de festa era também assinalado pelos povos celtas. No solstício de Inverno, os druidas ou sacerdotes dos rituais sagrados, dirigiam-se a uma colina alta com um ramo de “gui” na mão. Ao bater com estes ramos na palma da mão produziam um som que tinha o poder mágico de despertar a vida. O “gui” é uma planta que tem a propriedade de aquecer tudo aquilo em que toca. Este poder de suprimir o frio e a estagnação do Inverno provém da sua cor verde, símbolo da esperança e do crescimento, da sua robustez que exprime a força de vontade e dos seus espinhos que representam as provações da vida que vão fazer trabalhar a consciência. Os druidas, ao produzirem esse som mágico apelavam ao despertar interno, refazendo com esse gesto um pacto de aliança entre os ciclos do homem e da natureza.

azevinho representa o caminho da evolução. O vermelho está ligado ao sacrifício (que significa sagrado ofício): dar qualquer coisa de si próprio a fim de adquirir algo de superior. Assim, podemos dizer que o azevinho é o aspecto activo, de transformação e o “gui” o aspecto passivo, de purificação interior.

Na América pré-colombiana celebrava-se, em determinadas épocas, a Festa do Fogo Novo, intercalada em vários ciclos e calendários (solar, agrícola, mágico, estelar). Esta celebração reproduzia-se sob diversas escalas. No seu ciclo curto, todos os anos, num período que correspondia, para nós, ao solstício de Inverno (7 acatl do calendário azteca) os povos abandonavam as suas cidades e dirigiam-se para um ponto alto da região. Celebrava-se, então, a festa menor do Fogo Novo.

Como grandes observadores que eram da natureza, tinham constatado que o sol, neste período, decresce em força e parece afastar-se da Terra. O astro solar lutava contra a força da inacção e de morte aparente, e o homem podia unir-se a esta luta velada recriando uma nova força, um novo fogo (no sentido de renovado). Assim, no silêncio da noite, o sacerdote atava dois ramos de madeira de natureza diferente (mole e duro) que produziam, por fricção, o fogo novo.
Para os povos meso-americanos, este Fogo Novo identificava-se com a serpente verde ou faísca divina da libertação. Esta chama simbolizava também o planeta Vénus, que representava Quetzalcoatl, o homem duplo, serpente-ave, aquele que reúne a dualidade e se transforma em mensageiro. Tal como Vénus, que anuncia o nascer do Sol. Quetzalcoatl anuncia uma nova era, a quinta era, a era do homem novo.

Nas tradições greco-romanas também se festejava o período compreendido entre fins de Dezembro e princípios de Janeiro sob o nome de Saturnais: IAO – SATURNALIS, tal era o grito de saudação a Saturno, senhor do tempo, da noite e do regresso à origem.

Em conclusão podemos dizer que foi nosso objectivo não só fazer uma pequena “viagem” à volta das diferentes formas de festejar o Natal, como também redescobrir o verdadeiro sentido desta festa.
Recordemos que esta tem para o homem um papel regenerador, ou seja, dá-lhe a possibilidade de revitalizar e fortificar a sua natureza interna: reunir nele aquilo que de melhor tem dentro de si. De uma certa forma, ao participar nesta festividade, o homem poderá levar uma centelha a esta chama nova, a única capaz de fundir a neve e dissipar as trevas. E o milagre do Natal reside neste grão de esperança que dorme em cada um de nós." (Autor: Françoise Terseur/Nova Acropole)

Múmia bem preservada e amuletos de deuses são encontrados no Egito

"Identidade da múmia, que tem ao menos 2,5 mil anos de idade, ainda é um mistério para especialistas.

Arqueólogos descobriram várias múmias – incluindo uma extremamente bem preservada, envolta em bandagens de linho – em uma tumba ao longo da margem oeste do rio Nilo, na cidade de Assuã. O túmulo de 2,5 mil anos provavelmente foi usado para um funeral comunitário, conforme afirmou em comunicado Abdel Moneim Saeed, diretor do Ministério de Antiguidades do Egito.

Os restos do corpo quase intacto estão dentro de um sarcófago. Não há nenhuma escrita nele, e sua identidade ainda não pôde ser determinada.

De acordo com o comunicado do Ministério, três outras tumbas foram descobertas na mesma região. Fragmentos de pinturas, textos escritos com hieróglifos e pedaços de sarcófagos de argila também foram encontrados. No momento, pesquisadores se concentrarão em suas análises para tentar decifrar os textos.



Todos os túmulos contêm restos de amuletos de faiança (cerâmica vidrada). Imagens divulgadas pelo Ministério mostram que alguns desses objetos têm a forma de deuses egípcios, como Anúbis, o deus dos mortos. Arqueólogos também descobriram a cabeça de uma esfinge de arenito em um das tumbas, que também ainda não foi identificada.

Para especialistas, as descobertas datam da Época Baixa do Antigo Egito, que durou de 712 a.C. até 332 a.C.. Durante esse tempo, o Egito ficou alguns períodos sob o controle de potências estrangeiras, como o Reino de Cuxe, Assíria e Pérsia.

De acordo com o ministério, não está claro se a múmia bem preservada era de alguma pessoa estrangeira. (Fonte: Galileu)

Fotos: EGYPTIAN MINISTRY OF ANTIQUITIES

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

A Ordem e o Rito em Portugal

A.’. G.’. D.’. S.’. A.’. D.’. M.’.

ORDEM INTERNACIONAL DO RITO ANTIGO E PRIMITIVO DE MEMPHIS MISRAIM

Soberano Santuário de França e Países Associados



Esclarecimento sobre:
A ORDEM E O RITO EM PORTUGAL

1. A ORDEM INTERNACIONAL DO RITO ANTIGO E PRIMITIVO DE MEMPHIS MISRAIM (OIRAPMM) está presente em Portugal desde o ano de 2008 por decisão do seu Presidente e Grão Mestre Mundial (Willy Raemakers), de 30 de Janeiro.

2. Em Março do mesmo ano e através do Grão Mestre da Grande Loja Francesa (via masculina), da OIRAPMM, o N.’.S.’.I.’. Bernard Trinquet foi constituído e regularizado no seio da Ordem o R.’.T.’. Fénix, a Oriente de Lisboa.

3. Em 27 de Setembro de 2008 foi assinado em Lisboa o “Acordo de Reconhecimento” entre a Grande Loja Francesa, masculina, da OIRAPMM e o Grande Oriente Lusitano (GOL). Este Acordo foi assinado pelo Grão Mestre da Grande Loja Francesa, masculina, da OIRAPMM, N.’.S.’.I.’. Bernard Trinquet e pelo Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano, N.’.S.’.I.’. António Reis.

4. Em 02 de Setembro de 2010, face à crescente adesão ao Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraïm e consequente constituição de novas Lojas, a OIRAPMM, através do seu Presidente e Grão Mestre Mundial (Willy Raemakers) decide constituir uma “Grande Loja Simbólica de Portugal da Ordem Internacional do Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraïm”. Da implantação do Rito em Portugal resultaria a constituição da Grande Loja Simbólica de Portugal cujo Grão Mestre foi igualmente o N.’.S.’.I.’. Bernard Trinquet.

5. Esta denominada “Grande Loja Simbólica de Portugal da OIRAPMM” seria constituída em 21 de Maio de 2011. Na presença do Grão Mestre Mundial (Willy Raemakers) e do Grão Mestre de França (Bernard Trinquet), em Lisboa, na sede do Grande Oriente Lusitano.

6. Em Fevereiro de 2013 foi constituída a R.’.L.’. Udjat a Oriente do Porto (via masculina).

7. Em Novembro de 2015 a denominada “Grande Loja Simbólica de Portugal” da OIRAPMM decidiu abandonar a Ordem e o Rito, adoptando o Rito Egípcio praticado pelo Grande Oriente de França.

8. Mantém-se na OIRAPMM, estudando e praticando o Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraïm, na sua plenitude e respeitando integralmente a Tradição, bem como a sua Hierarquia Iniciática, a R.’.L.’. UDJAT (via masculina), o R.’.T.’. TAURT (via feminina) e o R.’.T.’. PHILADELPHIA DE MEMPHIS (via mista) que actualmente constituem a representação da Ordem em Portugal.

9. Integramo-nos na Maçonaria Universal como um dos seus ramos, respeitando integralmente os Rituais da Antiga Tradição de Memphis Misraïm, com Rigor, Legitimidade, Credibilidade, baseadas na Iniciação e no Rito e fundadas no respeito pela Hierarquia Iniciática.

10. O Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraïm, de Tradição Egípcia da Maçonaria Simbólica e Iniciática, de inspiração deísta, o que implica uma consequente vertente espiritual que se referencia ao “Grande Arquitecto do Universo” ou “Sublime Arquitecto de Todos os Mundos”, e que também se pode definir como a fonte do Amor e da Alegria.

O.’.I.’.R.’.A.’.P.’.M.’.M.’.
Delegação Portuguesa
A Oriente do Porto, 15 de Novembro de 2018

... mais informações.

O Santuário de Memphis, livro de Marconis de Nègre

"Este livro é uma reprodução fiel de uma obra publicada antes de 1920 e faz parte de uma coleção de livros reimpressos a pedido editados pela Hachette Livre, no âmbito de uma parceria com a Biblioteca Nacional da França, oferecendo a oportunidade de acesso a obras antigas e raras dos fundos patrimoniais do BnF."

... mais informações sobre o livro na "Área Reservada".

Descoberta esfinge da dinastia ptolemaica no Egito

"Artefacto tem 35 centímetros de altura e 28 de largura. Remonta a dinastia que governou antigo Egito entre 303 a.C e e 30 a.C.

Um grupo de arqueólogos egípcios descobriu uma estátua de uma esfinge enquanto drenavam água do templo faraónico de Kom Ombo, no Egito.

O ministério das antiguidades, segundo a BBC, reagiu à descoberta e deu mais pormenores relativamente ao artefacto. É efeito de arenito, tem 28 centímetros de largura e 38 de altura, e deverá remontar à dinastia ptolemaica construído entre 303 a.C e e 30 a.C.

Abdul Moneim Saeed, do ministério das antiguidade referiu ainda que a esfinge será analisada e utilizada para estudos futuros.

No antigo Egito, a esfinge representava o poder real, numa combinação entre a força do leão e o poder do rei." (Fonte: Noticias ao minuto).

Fotos: Reuters
 

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Importância do acervo egípcio do Museu Nacional na História do Brasil

"O acervo egípcio do Museu Nacional confunde-se com a própria História do Brasil. Para demonstrar essa relação, o artigo voltará aos primeiros anos da Independência. Passará ao Reinado de Dom Pedro II, considerado o pai da Egiptologia Brasileira. Finalmente, verificará a importância histórica das principais peças do Egito Antigo para a ciência.

O regime imperial e o iluminismo maçônico

Em 7 de setembro de 1822, o Brasil tornou-se independente de Portugal. Dom Pedro I foi coroado o primeiro monarca do recém-fundado Império do Brasil. Diferentemente dos novos países oriundos da antiga América Espanhola que adotaram o regime republicano, o Brasil tornava-se uma monarquia.

Por sua grandiosa extensão geográfica, nasceu como um Império, considerado naquela época como a mais avançada das formas de governos.

Dois anos depois, Dom Pedro I foi iniciado na Maçonaria. O nome escolhido em sua iniciação foi Guatimozin, o último Imperador Asteca. O simbolismo remetia à ideia de retorno de um grande Império nas Américas. Assim, o regime imperial brasileiro podia, portanto, reivindicar seu lugar numa linhagem histórica e assim perfilar ao lado de Egito, Assíria, Roma, França, Grã-Bretanha, mas também o pré-colombiano Asteca.

A Grande Loja Maçônica Unida da Inglaterra havia sido fundada 1717. Logo, lojas maçônicas espalharam-se pela Europa e América, tornando-se o refúgio secreto de defensores dos ideais iluministas. O Grande Oriente da França, fundado em 1728, passou a ser o difusor de valores revolucionários que culminariam em slogans como “liberdade, igualdade e fraternidade”. A
Revolução Francesa foi o ponto de culminância desses ideais iluministas. Sua influência viria a se fazer presente em todos os processos de Independência nas Américas.

Com as notáveis diferenças políticas entre a conservadora Maçonaria inglesa e a revolucionária Maçonaria francesa, ocorreu uma dispersão de ritos maçônicos, baseados em tradições distintas.

Quanto mais ocultista o rito, mais ele aproximava-se do Antigo Egito, da cabala judaico-cristã, do helenismo clássico greco-romano e da alquimia medieval e renascentista. A maior influência egípcia chegou nos ritos maçônicos no contexto do retorno da expedição de Napoleão.

A Egiptologia e a Egiptomania

Napoleão retornou à França em 1801 após uma campanha militar e científica no Egito. Como propaganda de sua expedição, Napoleão passou a ser um promotor do Antigo Egito na França e na Europa. Logo, o interesse por esta civilização tornou-se uma febre entre as monarquias imperiais, nobrezas e burguesias europeias e americanas. A publicação de livros, realização de feiras e a incorporação de peças egípcias ao Museu do Louvre, ajudaram a popularizar esta civilização, que era adotada pelos impérios europeus como exemplo de longa durabilidade. Afinal, o regime faraônico sobreviveu por três mil anos, algo nunca alcançado mesmo até hoje.

Em 1804, Napoleão corou-se Imperador da França, utilizando-se de inúmeras referências ao Antigo Egito para legitimar sua posição. Difundir a glória e a grandeza do Antigo Egito, era uma forma também de reconhecer a França Imperial. Em 1822, mesmo ano da Independência do Brasil, o linguista francês Jean François Champollion completou o deciframento da escrita hieroglífica egípcia. A partir deste momento, a História do Antigo Egito deixava de ser escrita apenas pelo olhar da bíblia e dos relatos gregos e passava a falar por si mesma. Surgia uma nova ciência, batizada de Egiptologia, que se tornou o campo de estudo de tudo aquilo que se relaciona ao Antigo Egito. A febre que isto despertou, levou ao surgimento de um fenômeno de massas: a Egiptomania, que se alimentava de cada nova descoberta, das peças que chegavam à Europa, das publicações e viagens turísticas pelo Nilo que eram obrigatórias a qualquer magnata europeu ou americano.

Neste contexto, o italiano Giovanni Battista Belzoni pilhava o Egito em busca de tesouros antigos. Belzoni tornou-se um verdadeiro saqueador e contrabandista de peças para a Europa, abastecendo antiquários, museus e coleções privadas. Parte deste carregamento foi trazido às Américas. É aqui que a História Egípcia Antiga encontra-se com a História Brasileira.

O Egito Antigo no Brasil Imperial

No ano de 1826, ocorreu um fato que viria a reforçar a construção ideológica do recém fundado Brasil com o mais duradouro Império da História: o Antigo Egito. Um contrabandista italiano chamado Nicolau Fiengo levava a Buenos Aires um carregamento de peças egípcias, de objetos provavelmente oriundos das pilhagens de Belzoni. Contudo, ao atracar no porto do Rio de Janeiro, teve a notícia de que o país vizinho encontrava-se em meio a uma Revolução. Por isto, decidiu leiloar suas peças na capital do jovem Império. Dom Pedro I arrematou todas e doou-as ao Museu Real, fundado em 1818 por Dom João VI, hoje conhecido por Museu Nacional. A maior parte delas vinha do Vale dos Reis, na antiga Tebas e atual Luxor.

Dom Pedro I abdicou ao trono em 1831. Só veio a ser substituído por seu filho, Dom Pedro II, em 1840. Este segundo monarca teve um longo Reinado e foi conhecido por ter sido um patrocinador da ciência, da educação, da cultura e das artes. Sua paixão declarada era o Antigo Egito. Por isto, ele é conhecido como o pai da Egiptologia Brasileira.

Dom Pedro II esteve duas vezes no Egito. Era amigo pessoal do Egiptólogo francês Auguste Marriette, com quem aparece na foto junto à Esfinge, tirada com a Família Real. Em 1876, Dom Pedro II foi presenteado pelo quediva Ismaili com um esquife intacto com sua múmia dentro. Ele pertencera à cantora do templo de Karnak, Sha-Amun-en-Su. O esquife ficava na própria sala do Imperador, de onde ele despachava, no mesmo palácio da Quinta da Boa Vista que viria a ser a sede do Museu Nacional após a proclamação da República.

O acervo egípcio do Museu Nacional

Com a queda do regime imperial, o acervo egípcio perdia sua importância política e passava a ser reconhecido por seu valor científico. Em 1901, as estelas funerárias e votivas da coleção foram fotografadas para o Grande Dicionário Hieroglífico de Berlim. Em 1919, foi publicado o Guia das Coleções de Arqueologia Clássica do Museu Nacional, incluindo o acervo egípcio.

Atualmente, compunha-se de 700 peças, sendo o maior acervo de Egiptologia da América Latina. Ele continha peças que cobriam praticamente toda a História do Antigo Egito, desde o período Pré-Dinástico (entre 5 mil a 3 mil aEC) ao período Romano (de 32 aEC a 395 EC). A maior parte era, contudo, do período Faraônico (80% das peças, de 3 mil aEC a 32 EC), especialmente do Novo Reinado (1550 a 1069 aEC ) e do III Período Intermediário (1069 a 332 aEC.).

No acervo, encontrava-se diversos objetos, a maioria de contexto religioso e funerário. Havia papiros, estátuas de Deuses e Deusas, estelas funerárias e votivas, shabits (imagens de pessoas para acompanharem o finado no além-vida), amuletos para proteger o corpo mumificado, esquifes, vasos canópicos (para guardar os órgãos do morto) e múmias de gatos, filhotes de crocodilos, íbis, tartarugas e humanos.

As múmias humanas do Museu Nacional pertenceram a: 1) Hori, um sacerdote de alta hierarquia da 21ª Dinastia (cerca de 1 mil aEC), com os títulos de Escriba Real, Mordomo Real e Superintendente do Harém Real da Esposa Divina de Amon (Rainha do Egito). 2) Sha-Amun-En-Su, cantora do Templo de Amon em Tebas, que auxiliava a Esposa Divina de Amon em suas funções ritualísticas na 22ª Dinastia (cerca de 750 aEC). 3) Harsiese, da 26ª Dinastia (cerca de 650 aEC), também foi um alto funcionário na região tebana. 4) Finalmente, a “múmia feminina” que não tinha seu esquife para identificá-la e viveu provavelmente no século I aEC.

Recentemente, a equipe de pesquisadores do Museu Nacional estudou múmias utilizando tecnologias da medicina moderna como tomografia computadorizada com escaneamento em 3D de cada uma de suas camadas. A múmia de Sha-Amun-en-Su era de grande interesse à Egiptologia por ser uma das poucas no mundo que continuavam intactas dentro do esquife. Ela estava intocada, inclusive com seus amuletos colocados nas partes do corpo em que se encobria com encantamentos mágicos para protegê-la no além-vida. Um feitiço que durou quase 3 milênios, até o fatídico 2 de setembro de 2018, quando o Museu Nacional pegou fogo.

O acervo egípcio após o incêndio

Ainda não foi autorizado pela perícia o processo de salvamento das peças, pois os bombeiros estão investigando as causas que levaram ao incêndio. Existe a esperança de que artefatos de pedras como estátuas, estelas, shabits e vasos canópicos estejam ao menos parcialmente preservados. Dificilmente as múmias estarão inteiras. Em função da comoção gerada pelo incêndio, acredita-se que novas peças possam ser doadas ou adquiridas para se montar uma nova coleção.

O acervo egípcio do Museu Nacional era reconhecidamente o maior da América Latina, internacionalmente respeitado. Agora, resta no Brasil o pequeno acervo egípcio do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP em São Paulo e as poucas peças originais no Museu Egípcio Rosacruz em Curitiba. O fato é que este desastre foi sentido por toda Egiptologia internacional.
Justamente no ano em que o Egito inaugurará o maior museu do mundo dedicado a uma única civilização, com as mais modernas tecnologias empregadas. O antigo Museu do Cairo era objeto de críticas por mais parecer um depósito de peças. Mas agora, o novo Museu, de dimensões faraônicas, mostrará ao mundo a importância que esta civilização teve no desenvolvimento da humanidade. Uma lição que o Brasil pode extrair para preservar melhor sua própria memória.

A importância do Antigo Egito para a humanidade

Se ainda resta alguma dúvida sobre a importância de se estudar o Antigo Egito, vale lembrar que eles foram o primeiro Estado a identificar-se com território e povo, muito antes de existir o que hoje chama-se “nação”. Tinham uma economia estatizada, forte e centralizada, um mercado interno e um comércio exterior integrado na geopolítica e nas rede caravanas e navegações da África, Mediterrâneo e Oriente Médio. Foram capazes de comandarem economicamente o desenvolvimento das forças produtivas materiais, tendo a máxima expressão na arquitetura com pedras, realizando “obras faraônicas” como pirâmides, palácios, templos colossais e cidades meticulosamente planejadas que eram erguidas e reerguidas no meio da paisagem. Produziram papiros, tinturas, metalurgia, barcos, carros de guerra, armas, tecidos, estatuária, cervejas, vinhos, pães e diversos tipos bens de consumo. Circunavegaram a África 2 mil anos antes dos portugueses e espanhóis.

Desenvolveram áreas do saber que hoje chamamos de matemática, geometria, gramática, história, geografia, química, biologia, medicina, engenharia, arquitetura e astronomia. Do ponto de vista teológico, as religiões judaica, cristã e islâmica beberam da fonte mitológica, literária e dos livros de sabedoria dos egípcios.

Grandes pensadores gregos como Pitágoras, Heráclito e Platão iam da Grécia, ainda pouco expressiva e em processo de formação cultural, ao glorioso Egito dos faraós, referência das antigas sabedorias.

Com o casamento da cultura greco-helenística com a egípcia, surgiu a Escola e Biblioteca de Alexandria. Lá, descobriram que a Terra era redonda, que a órbita dos planetas era elíptica e desenvolveram tanto a teoria geocêntrica quanto a heliocêntrica. Foram ainda os criadores da escrita que inspirou o primeiro alfabeto e criaram tradições literárias próprias que influenciaram diversos outros povos. Vale atentar-se que o Egito Antigo foi uma civilização africana.

Por tudo isto que Dom Pedro I e Dom Pedro II admiravam tanto o Antigo Egito. O mesmo ocorreu com Juscelino Kubtischek quando visitou as ruínas da cidade egípcia de Amarna, onde sonhou um dia ser um chefe de Estado capaz de construir uma capital numa área virgem. Inspirado na arqueoastronomia egípcia, o Plano Piloto de Brasília, criado por Lúcio Costa, é orientado para o Sol.

O prédio do Congresso Nacional alinha-se com o Oriente onde nasce o Astro Rei nos solstícios e equinócios. O mausoléu de JK está no Ocidente, na direção onde os egípcios costumavam sepultar seus mortos. Ele tem o formato de uma mastaba, como faziam os primeiros faraós, antes da era de ouro das Pirâmides ou das tumbas cavadas nos montes do Vale dos Reis.

Conclusão

Por mais que o Antigo Egito pareça uma civilização distante, seu legado influenciou a própria criação do Estado brasileiro no processo de consolidação da Independência. O ideal imperial, inspirado no Antigo Egito faraônico, norteou muitas civilizações. Ironicamente, o mesmo imperialismo que surgiu no Oriente Médio antigo, ao se tornar o projeto de potências europeias capitalistas, levou ao saque e à pilhagem dessas civilizações como forma de legitimar os regimes."

Para que esta área do conhecimento científico, tão pouco desenvolvida no Brasil tenha um futuro de resplendor, é preciso recuperar as peças que forem possíveis e construir uma campanha internacional para formar um novo acervo no Museu Nacional. Que este desastre ao menos tenha servido para se ganhar corações e mentes da população e das autoridades brasileiras para a importância dos museus e da preservação da memória coletiva de um povo.

Se existe um principal legado que os egípcios deixaram à humanidade é o do entendimento do significado da imortalidade. Na visão egípcia, algo só morre de fato quando deixa de ser mencionado.

Portanto, preservar a cultura material e os documentos escritos é uma forma de garantir a imortalidade de cada período da história mundial e do Brasil. Para que no futuro entendamos o passado o que levou à formações do presente. (Fonte: Vermelho/ por Thomas Henrique de Toledo Stella).

Arqueólogos encontram evidências da travessia dos hebreus do Egito até Israel

"A primeira evidência do relato bíblico do Êxodo pode ter sido encontrada em escavações próximas ao rio Jordão.

De acordo com a Bíblia, os israelitas foram conduzidos por Moisés do Egito até a terra prometida de Canaã, que abrange Israel nos tempos modernos. No entanto, muitos estudiosos têm questionado a falta de bases históricas que comprovem a travessia dos hebreus.

Contrariando o argumento de pesquisadores céticos, um novo estudo encontrou evidências históricas para o Êxodo em ruínas próximas ao rio Jordão. O local indicado por arqueólogos é Khirbet el-Mastarah, no Vale do Jordão, que se estende por Israel, Jordânia, Cisjordânia e chega ao sopé das Colinas de Golã.

De acordo com David Ben-Shlomo, arqueólogo da Universidade Ariel, esta pode ser a primeira evidência do relato bíblico. “Não provamos que esses campos são do período dos primeiros israelitas, mas é possível”, disse ao jornal britânico Daily Express nesta terça-feira (25).

Os arqueólogos Ben-Shlomo e seu parceiro de escavação americano, Ralph Hawkins, da Universidade Averett, estão analisando se as ruínas são consistentes com um povo nômade recém-chegado.

Entre as ruínas foi encontrado uma espécie de muro baixo que acredita-se ter sido usado como um cercado de pedras rudimentares para os animais — consistente com práticas nômades.

Além disso, fragmentos de cerâmica no local foram datados da Idade do Bronze (1400-1200 a.C.) ou da Idade do Ferro (1200-1000 a.C.), por volta da época associada à chegada dos israelitas.

Os arqueólogos disseram que isso poderia explicar por que os fragmentos de cerâmica foram encontrados fora, e não dentro, dos muros de pedra. “O chão das estruturas estava praticamente vazio de descobertas e, portanto, não poderíamos datá-los por métodos arqueológicos convencionais”, disseram eles.

“Nos assentamentos beduínos, as pessoas vivem em barracas feitas de [materiais] perecíveis que são realocados a cada estação, portanto, os artefatos não poderiam estar associados à arquitetura de pedra. Então, as estruturas podem ter abrigado animais, e não pessoas, que viviam nas tendas ao redor delas”, acrescentaram.

Região de nômades

O local, a oito quilômetros ao norte de Jericó, também faz mais sentido como um assentamento nômade do que permanente. Além de ser um local isolado, as temperaturas podem chegar facilmente a 45ºC e a precipitação de chuvas anual é de apenas 1 centímetro.

“A paisagem é árida na maior parte do tempo e até mesmo nos tempos modernos a maioria da população é beduína (nômades do deserto)”, disse Ben-Shlomo.

Agora os arqueólogos estão trabalhando para confirmar se o sítio é tão antigo quanto suspeitam. Amostras do solo de Khirbet el Mastarah foram enviadas para análise e amostras das paredes de pedra serão submetidas a testes que possam revelar sua idade. Os resultados são esperados em alguns meses.

Os arqueólogos também estão planejando escavar perto de Uja el-Foqa, que fica em uma colina com vista para o vale de Jericó, para determinar se o local pode estar ligado ao assentamento israelita da região.

No entanto, o trabalho ainda apresenta desafios — os arqueólogos precisam encontrar mais pistas culturais de que o local realmente pertencia aos israelitas. “É difícil, já que muitos aspectos da cultura de diferentes grupos (do leste ou oeste do rio Jordão) podem ser muito similares ou não indicativas o suficiente”, disse Ben-Shlomo." (Fonte: DAILY EXPRESS)

Fotos: The Jordan Valley Excavation Project

sábado, 22 de setembro de 2018

Constant Chevillon: toda a sua obra

Homem de grande coração, exemplar maçom, mártir da milícia francesa. Só ele estava destinado a esta jornada extraordinária, permanecendo para sempre como uma figura incontornável, às vezes polémico, às vezes idolatrado. Ele não era um ocultista, mas um grande espiritualista, que nos deixa a memória de um homem simples, mas profundo.

Ele será o tema central da Conferência Internacional da O.'.I.'.R.'.A.'.P.'.M.'.M.'. que decorrerá no próximo ano de 2019, em Lyon.

"Constant Chevillon (1880-1944) ... um homem para o nosso tempo"

... mais informações sobre a sua obra na "área reservada".

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Luzia, Maxakalisaurus, a múmia de Sha-Amun-in-su. O que se perdeu nas chamas do Museu Nacional do Rio

"As operações ainda não estão terminadas, mas a direção do museu acredita que 90% dos cerca de 20 milhões de peças estejam destruídos.

As nossas exposições estão fechadas em virtude do incêndio que destruiu grande parte das nossas coleções.” Apenas com uma frase, o Museu Nacional do Rio de Janeiro anuncia aquilo que parece óbvio, após o incêndio que destruiu o edifício do Palácio de São Cristóvão, que em tempos foi casa da família real portuguesa. Está dividido entre as áreas de arqueologia, paleontologia, antropologia, invertebrados e ainda emlaboratórios e salas de aula.

Oficialmente, ainda não se sabe ao certo o que sobreviveu ao incêndio. Ainda estão a decorrer os trabalhos de recuperação. “O meu calculo é que apenas 10% do acervo do museu resistiu, sobre a Luzia [o fóssil de hominideo mais antigo encontrado na América Latina] é impossível dizer se sobreviveu”, disse Cristina Serejo, vice-diretora do museu, citada pela imprensa brasileira. São mais de 20 milhões de peças – só cerca de três mil expostas, as restantes guardadas. Fazendo as contas, apenas dois milhões de peças devem ter sobrevivido, uma delas foi o meteoro Bendegó (o maior alguma vez encontrado no Brasil de com mais de cinco toneladas).

LUZIA: O FÓSSIL MAIS ANTIGO

Tem 12 mil anos e é fóssil de hominideo mais antigo da América Latina. Luzia, assim batizada em homenagem a Lucy (o mais antigo do mundo, com 3,2 milhões de anos ), está desaparecida. No momento do incêndio não se encontrava em exposição, estava guardada dentro de uma caixa num armário. Tal como o fóssil, também a reconstituição do crânio que o costuma acompanhar ainda não foi encontrada. Luzia destaca-se pelas suas feições, que faziam lembrar os atuais aborígenes australianos. Esta tem sido das peças com maior destaque nos meios de comunicação social
Segundo a Associated Press, o fóssil foi descoberto numas escavações em Belo Horizonte, em 1975. Esteve guardado por cerca de 20 anos e só em meados dos anos 90 do século passado os cientistas determinaram que se tratava do mais antigo fóssil alguma vez descoberto em território americano. Embora não tão antigos como a Luzia, existem crânios parecidos na Universidade de São Paulo e na Dinamarca, refere “A Folha de São Paulo”.

PEÇA DA COROAÇÃO”: A LIGAÇÃO A PORTUGAL

Cunhada em 1822 pelo rei português e imperador brasileiro D. Pedro I, a “Peça da Coroação” é considerada uma das maiores raridades que se encontravam no Museu Nacional do Rio de Janeiro. É a primeira moeda do Brasil independente. Na época foram emitidos 64 exemplares em ouro de 22 quilates, hoje são conhecidos apenas 16 - um deles está no Museu Numismático Português, em Lisboa.

MAXAKALISAURUS TAPAI, O DINOSSAURO

A sua reconstrução demorou dez anos e era uma das mais populares atrações do museu. O esqueleto de 13 metros do Maxakalisaurus tapai, um dinossauro herbívoro que viveu há cerca de 80 milhões de anos na América do Sul, foi encontrado em 1998 numa escavação perto de Minas Gerais. Segundo o jornal brasileiro “Estadão”, o museu tinha acabado de realizar uma petição para renovar a área em que o fóssil estava em exposição. Entre a coleção de fósseis de dinossauros há ainda pterossauros, répteis voadores.

ANTIGO EGITO

Foi durante a liderança de D. Pedro I que as 700 peças referentes ao antigo Egito começaram a chegar ao museu. Nos dias de hoje, era a maior coleção de antiguidades egípcias na América do Sul. Grande parte, refere o “Estadão”, eram oriundas das cidades de Trebas e Abidos: estelas, estátuas, caixões e múmias, entre outras raridades.

MÚMIA: O PRESENTE PARA O REI

O sarcófago Sha- Amun-en-su foi um presente dado a D. Pedro II pelo vice-rei do Egito, o Quediva Ismail, em 1876, durante uma visita ao Médio Oriente. O caixão pintado da “Cantora de Amon” esteve no gabinete de D. Pedro II até à à proclamação da República Brasileira e só depois foi levado para completar a coleção. “O exame tomográfico realizado na múmia de Sha-Amun-in-su revelou a presença de amuletos no interior do caixão, entre eles um escaravelho-coração”, descreve o museu na sua página. É datado de 750 a.C.

POVO INDÍGENA

Outra das exposições do museu é dedicada à cultura indígena, sendo uma das peças mais importantes os corpos mumificados de um adulto e de duas crianças, refere a Associeted Press. Além disso, a coleção incluiu ainda muitos outros objetos como arcos e flechas de diferentes indígenas." (Fonte: Expresso)


Fotos: Mauro Pimentel / GETTUY IMAGES

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Os cientistas já sabem (quase) tudo sobre as múmias do sarcófago negro do Egito

"No início de julho, um enorme sarcófago negro foi descoberto em Alexandria, no Egito. O misterioso túmulo foi aberto dias depois e os especialistas identificaram no seu interior três múmias danificadas pela água que se tinha infiltrado.

Os cientistas acreditam que se trata de uma sepultura do do período ptolemaico, que começou logo após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C.

Após três semanas de trabalho intenso, um grupo de especialistas egípcios, liderados pela investigadora Zeinab Hasheesh, conseguiu determinar a idade, o sexo e a altura das múmias encontradas.

De acordo com os investigadores, o sarcófago tinha no seu interior dois homens e uma mulher. Um dos homens, tinha entre 35 e 39 anos e media, aproximadamente, 1,60 a ,1,65 metros; já o segundo, possuía uma estrutura física mais forte, tinha entre 40 e 44 anos e media entre 1,79 e 1,84 metros.

Segundo a localização dos restos no túmulo, os investigadores supõem que os corpos foram enterrados em duas etapas distintas.

A mais antiga intervenção cirúrgica

Mas as descobertas não ficaram por aqui. Os investigadores encontraram ainda um buraco com cerca de 1,7 centímetros de largura na zona posterior do crânio de um dos homens. A incisão revela que o homem viveu durante muito tempo com essa cavidade no cérebro – ou seja, o buraco foi resultado de uma intervenção cirúrgica.

A incisão neste crânio é “umas das práticas médicas mais antigas utilizadas pela humanidade, mas raramente era aplicada no Antigo Egito, onde se encontram poucos crânios com vestígios de operação”, explicou Hasheesh.

No futuro, os cientistas tencionam continuar a estudar os restos encontrados no misterioso sarcófago negro através de exames de ADN que ajudarão a determinar o grau de parentesco entre os três indivíduos. O líquido extraído de dentro do sarcófago também será analisado.

Descobertas 3 inscrições no sarcófago

Foram ainda encontradas três inscrições, gravadas em folhas de ouro, no túmulo. A Live Science ouviu vários especialistas que não estiveram envolvidos na investigação, para tentar compreender o significado do desenhos encontrados.

Um dos desenhos é uma cobra, revelou Jack Ogden, presidente da Sociedade de Historiadores de Jóias, especialistas em joelharia de ouro egípcia.

O investigador relembrou que as cobras era muito utilizadas nas jóias egípcias, relembrando que estes animais estão relacionadas com o “renascimento – uma vez que trocam a sua pele – e, por isso, são perfeitas para uma cerimónia fúnebre”.

Jack Ogden relembrou ainda que as serpentes estavam “aparentemente associadas à Deusa Ísis“. “Regra geral, parece que as jóias com cobras eram, na sua maioria, associadas à mulheres. No entanto, não posso afirmar que a cobra aqui inscrita estivesse associada à mulher aqui sepultada”, acrescentou.

O segundo e mais enigmático desenho mostra o que pode ser uma semente de uma papoila de ópio no interior de um santuário. Ogden enfatiza, contudo, que não há certezas sobre o que possa significar.

“O ópio parece ter sido bastante usado no Egito greco-romano para fins medicinais, mas pode haver alguma conexão – pelo menos na mentalidade antiga – relativamente às suas qualidades na indução do sono e dos sonhos bem como, na morte e renascimento”, explicou Ogden. “É intrigante”, rematou.
O terceiro desenho mostra um ramo de uma palmeira ou uma espiga de milho, ambos normalmente associados “à fertilidade a ao renascimento”, concluiu.

O misterioso e enorme túmulo foi descoberto no início do mês de julho e, desde então, multiplicaram-se especulações sobre o que estaria lá dentro.

O sarcófago de 30 toneladas foi datado pouco depois da morte de Alexandre, o Grande, que conquistou a área em 332 a.C., e, por isso, alguns investigadores acreditavam que pudesse conter os restos mortais do rei da Macedónia. Outros, menos céticos, acreditavam que a abertura do túmulo selado há mais de 2 mil anos podia trazer uma maldição mortal.

Na verdade, o túmulo “escondia” três múmias envolvidas em água suja do esgoto. O líquido deve ter-se infiltrado, acelerando o processo de decomposição dos corpos." (Fonte: ZAP)

Fotos: Ministério de Antiguidades do Egito

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Queijo mais antigo do mundo encontrado em túmulo egípcio

"Amostra recolhida indica que queijo poderá estar contaminado com a bactéria da febre mediterrânica.

Um grupo de investigadores descobriu dentro de um túmulo em Sacará, no Egito, o queijo mais antigo do mundo. com evidências de uma bactéria que pode causar brucelose, também conhecida como febre mediterrânica, e que se propaga em produtos lácteos não pasteurizados, de acordo com um estudo publicado na revista da Sociedade Americana de Química.

De acordo com a Europa Press, o túmulo de Ptahmes, um escriba e chefe do exército egípcio há 3.200 anos, foi saqueado no século XIX e redescoberto em 2010. Dentro de um dos frascos partidos que estavam dentro da sepultura foi encontrada uma massa branca solidificada.

Uma amostra desse achado foi analisada e os investigadores descobriram, segundo revelam agora no estudo publicado, que se tratava um queijo, feito com leite de vaca e de ovelha ou cabra. Mas mais que o queijo, a investigação revelou que o queijo poderá estar contaminado com a "Brucella melitensis", uma bactéria que causa brucelose, uma doença potencialmente mortal que se propaga em pessoas e animais e que costuma surgir, geralmente, em produtos lácteos não pasteurizados. Se a análise preliminar se comprovar, a amostra poderá representar a prova mais antiga da existência da doença.

O estudo foi financiado pelo Ministério da Educação, Universidade e Investigação de Itália, pela Universidade de Catânia, em Itália, e pela Universidade do Cairo, no Egipto." (Fonte: www.udjat.pt)

A origem da mumificação no Egito vem de muito antes da Era dos Faraós

"As primeiras múmias geralmente são associadas com o Velho Reino do Antigo Egito, mas como uma investigação intensiva de múmias de 5.600 anos de idade confirma, os métodos utilizados para essa prática funeral icônica vêm de muito antes da era dos faraós.

Pensava-se que a prática de mumificação e as técnicas usadas para embalsamar (como o uso de resinas) tinham se originado no Velho Reino do Antigo Egito (também conhecido como “Era das Pirâmides”), em torno de 2500 a.C. Mas essa interpretação foi desafiada por uma análise de 2014de tecidos funerários encontrados na região sul do Egito, em Mostagedda, que empurrou a origem da mumificação egípcia 1.500 anos para trás.

A nova pesquisa, publicada nesta semana no periódico Journal of Archaeological Science pelo mesmo grupo de cientistas, amplia o nosso conhecimento sobre como e quando a prática de mumificação foi desenvolvida no Egito Antigo, incluindo os agentes utilizados no processo de embalsamamento. O novo estudo confirma a data de origem proposta no trabalho anterior, mas ao contrário da análise de 2014 dos tecidos funerários, essa última pesquisa foi conduzida na própria múmia. E isso nem é o mais significativo.

“Embora a múmia não seja a primeira evidência a revelar os agentes formativos do embalsamento que datam de cerca de 4300 a.C., é o primeiro objeto intacto que revela uma parte vital do processo icônico que depois se tornaria a mumificação faraônica egípcia”, disse Stephen Buckley, arqueólogo da Universidade de York e co-autor do novo estudo, ao Gizmodo.

A múmia em questão é conhecida como Múmia S. 293 (RCGE 16550), e tem sido estudada por cientistas há mais de um século. Ela esteve exposta do Museu Egípcio em Turim desde 1901. A múmia é única por nunca ter sido exposta a tratamentos de conservação; sua condição imaculada faz dela um objeto ideal para análise científica.

Anteriormente, cientistas assumiram incorretamente que a Múmia S. 293 tinha sido mumificada naturalmente pelas condições quentes e secas do deserto, um processo conhecido como dessecação. A nova pesquisa mostra que esse não é o caso – a múmia foi produzida por embalsamadores que empregaram uma mistura de óleo de plantas, resina de coníferas aquecida, um extrato de planta aromática e uma goma/açúcar de plantas. Juntos, esses ingredientes tinham propriedades antibacterianas muito potentes.

“Pela primeira vez identificamos o que pode ser descrito como uma ‘receita de embalsamento’ egípcia – basicamente a mesma receita antibacteriana que se tornaria parte vital da mumificação durante o período faraônico perto de 3100 a.C.”, disse Buckley.

Utilizando microscópios, os pesquisadores examinaram os tecidos ao redor da múmia, enquanto uma análise química foi realizada para identificar os ingredientes da receita de embalsamento. Uma análise genética foi feita para identificar tanto o DNA humano quanto o não-humano (como material vegetal) associados à múmia. Nenhum DNA humano foi extraído do espécime, provavelmente resultado da exposição excessiva no museu.

O método de datação por radiocarbono definiu a origem da múmia entre os anos 3650 e 3380 a.C. Utilizando outra evidência, como as mudanças conhecidas da tecnologia têxtil egípcia, os autores estreitaram a data para algo entre 3650 a 3500 a.C. Uma análise do desgaste dentário sugere que a múmia tinha entre 20 a 30 anos de idade quando morreu.

A receita de embalsamento foi surpreendentemente similar a uma utilizada 2500 anos depois, quando a mumificação egípcia atingiu o seu pico cultural. Essa similaridade aponta para uma visão compartilhada da morte e de vida após a morte cerca de 500 anos antes de o Egito se tornar a primeira nação-estado do mundo, disse Buckley.

De fato, essa técnica de mumificação data do estágio de Naqada da pré-história egípcia, que aconteceu substancialmente antes do Período Faraônico. Mas as análises também revelaram o uso de uma resina de coníferas antibacteriana que não é nativa do Egito. Esse composto deve ter sido importado, provavelmente do Oriente Próximo, onde atualmente está Israel e a Palestina.

Isso é importante para o nosso entendimento da extensão do comércio antigo nesse período – sabíamos que existia comércio entre o Egito e o Oriente Próximo, mas a negociação de resinas de vegetais entre o Oriente Próximo e o sul do Egito é uma adição bem útil ao que sabíamos”, disse Buckley ao Gizmodo. “E sendo notavelmente semelhante aos enterros pré-históricos que datam de 4300 a.C. a 3100 a.C. em Mostagedda, se torna uma primeira indicação de que a receita de embalsamamento estava sendo utilizada em uma área geográfica mais ampla numa época em que o conceito de identidade pan-egípcia supostamente ainda estava em desenvolvimento“.
Múmias como essa são extremamente raras. Essa pesquisa nos dá uma visão importante das tecnologia empregadas pelos egípcios antigos, e da influência marcante da cultura do Egípcio pré-dinástico nos períodos subsequentes. Como mostra esse estudo, até a história antiga tem sua história antiga." (Fonte: www.udjat)

Fotos: Múmia S. 293 (RCGE 16550). Crédito: Egyptian Museum, Turin/J. Jones et al., 2018 e Stephen Buckley/Universidade de York

domingo, 9 de setembro de 2018

Sarcófago encontrado no Egito pode ser de Alexandre, o Grande

"A descoberta de um sarcófago de granito preto na cidade de Alexandria, no Egito, no dia 1º de julho, causou frenesi em todo o mundo. Ele é o maior já descoberto na região e deve ser aberto nos próximos dias, depois de permanecer intacto por mais de dois mil anos. O artefato, que mede 2,7 m de comprimento e 1,65 m de largura, pesa cerca de 30 toneladas, não tinha nenhuma inscrição ou identificação, apenas uma cabeça de homem feita de alabastro (pedra muito usada pelos antigos egípcios). Agora, arqueólogos acreditam que o "misterioso" objeto pode pertencer ao lendário Alexandre, o Grande – ou Alexandre Magno, governou o grande império da Macedônia entre 332 a.C. a 323 a.C.

A tumba de granito foi encontrada durante escavações de rotina realizadas antes da autorização de construção de um edifício em Alexandria, que fica a cerca de 200 km ao norte do Cairo, capital do Egito.

Em uma entrevista para o jornal inglês The Telegraph, o famoso arqueólogo egípcio Zahi Hawass, ex-secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, assegurou que o fato de o sarcófago ter sido feito de granito mostra a importância social do seu proprietário, principalmente porque Asuan, a cidade de onde a rocha possivelmente foi extraída, se situa a mais de mil km de distância de Alexandria.

No entanto, sem abrir a tumba, há poucas informações sobre a identidade do homem que foi enterrado nela, já que a cabeça de pedra encontrada junto dela está muito desgastada pela ação do tempo. Além disso, o sarcófago não contém nenhum indício que possa ajudar a identificar o dono. Os arqueólogos estimam que ele pertença a um cidadão nobre ou rico que viveu no Reino Ptolomaico, entre 323 e 30 a.C. –  começou com a ascensão de Ptolemeu I Sóter após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a. C. e terminou com a morte de Cleópatra VII e a conquista romana em 30 a.C.

Tumba de Alexandre

Ao longo de centenas de anos, arqueólogos e exploradores de todo o mundo tentam encontrar a tumba do antigo imperador da Macedônia, mas, até agora, sem êxito.

Estima-se que houve pelo menos 140 tentativas malsucedidas de encontrar seu paradeiro, mas o achado em Alexandria sugere a possibilidade de se ter descoberto algo importante, podendo ser até mesmo os restos mortais do famigerado lídero macedônico.

"Todo o mundo está procurando a tumba de Alexandre. Temos certeza de que ele foi enterrado em Alexandria. E a descoberta do sarcófago demonstra que, um dia, quando se estiver demolindo uma vila ou uma casa, pode ser encontrada sua tumba", comenta Zahi Hawass ao The Telegraph.

Contudo, abrir o sarcófago pela primeira vez exigirá muito trabalho preliminar. "É arriscado abri-lo de imediato, temos que nos preparar", afirma Ayman Ashmawy, alto funcionário do Ministério de Antiguidades do Egito, também em entrevista para o jornal inglês, explicando que a tumba deverá ser aberta no local onde foi encontrada.

"É difícil movê-lo intacto e abri-lo num museu. O artefato está a cinco metros de profundidade e pesa mais de 30 toneladas. Somente a tampa dele pesa 15 toneladas", acrescenta Ashmawy.

Nas próximas semanas, uma equipe de engenheiros visitará o local levando equipamentos pesados e suportes estruturais a fim de remover a tampa do sarcófago. Em seguida, serão chamados especialistas em mumificação e restauração para garantir que o conteúdo seja devidamente preservado, uma vez que será exposto ao ar livre pela primeira vez em milênios." (Fonte: Sputnik e Revista Encontro)

Fotos: Ministry of Antiquities of Egypt

Entrámos na Idade de Meghalaya. Cientistas acrescentam novo capítulo à história da Terra

"Bem-vindos ao Megalaiano ou Idade de Meghalaya, um "novo" capítulo da história da Terra que os cientistas acrescentaram agora à Tabela Cronoestratigráfica Internacional.

O que é esta tabela? É uma forma de organizar as várias eras, períodos e idades dos 4600 milhões de anos da história geológica da Terra. O que os investigadores vêm agora dizer é que há um novo capítulo, que começou há 4200 anos, e que vai começar a aparecer nos manuais escolares e nas salas de aula.

Este novo capítulo que agora é acrescentado será o o Megalaiano ou Idade de Meghalaya (na tabela já divulgada em inglês é Meghalayan Age), uma referência ao sítio na Índia onde foram encontradas as estalagmites que definem o que os investigadores consideram o início desta nova fase.

A tabela é da responsabilidade da IUGS (União Internacional de Ciências Geológicas), que anunciou as novas subdivisões do Holocénico, a época do período Quaternário em que vivemos. Esta época está agora dividida em três fases: em inglês, "Greenlandian", "Northgrippian" e "Meghalayan", que podem ser traduzidos como Gronelandiano, Nortegripiano e Megalaiano, respetivamente.

A fronteira de cada uma é definida, no Holocénico, por um evento climático marcante, embora os métodos e eventos-chave selecionados para defini as divisoes sejam variáveis, explica a professora universitária Ana Cristina Azerêdo, da Faculdade de Ciências das Universidade de Lisboa.

"A base do Holocénico corresponde ao início de fase de aquecimento subsequente ao fim do último período glaciar, tendo sido determinada a partir de parâmetros geoquímicos medidos no gelo de sondagens realizadas na Gronelândia e complementada com dados geoquímicos e micropaleontológicos obtidos em sondagens de sedimentos lacustres e oceânicos, que evidenciaram com precisão o nível que regista os sinais dessa mudança para o clima dos últimos 11 700 anos", explica a docente. A segunda fase, Nortegripiano, também foi delimitada em sondagens do gelo da mesma região. E para a mais recente, "o limite inferior foi datado a partir de estalagmites (depósitos calcíticos em grutas) numa zona da Índia, correspondendo também a alteração climática, que influenciou a evolução das civilizações humanas".

A Idade Meghaliana começou há 4200 anos com uma seca catastrófica e um período de arrefecimento, cujos efeitos duraram dois séculos e afetaram civilizações como o Antigo Egito. É única, defende o geólogo Stanley Finney, da IUGS, em declarações à BBC, no sentido em que este evento climático produziu alterações nas civilizações humanas.

A mudança acontece numa altura em que há uma discussão acesa na comunidade científica sobre se a Terra entrou numa nova era geológica, que tem sido chamada de Antropoceno e que terá começado no século XVI. A palavra Antropoceno é aqui usada para dar conta da altura em que a espécie humana se tornou uma força com um impacto no planeta que já não passa despercebido.

Ou seja, as divisões do Holocénico surgem numa altura em que os cientistas discutem se já abandonámos esta era. Assim, no meio deste debate, há investigadores que acham que a revisão da tabela e introdução destas novas idades não foi devidamente aprofundada, como o geógrafo Mark Maslin, que criticou a decisão, em declarações à BBC.

Em reação à polémica, a IUGS lembrou, no Twitter, já esta quarta-feira, que as novas fases foram propostas pela Comissão internacional de Estratigrafia, numa equipa liderada por Mike Walker da Universidade de Gales, e aprovadas pela IUGS, "após muito debate". Lembrou também que quando a proposta foi aprovada pela subcomissão do Quaternário, o presidente do grupo de trabalho do Antropoceno era subcomissário daquela comissão." (Fonte: DN)

sábado, 8 de setembro de 2018

Em 8 de setembro de 1949 faleceu Richard Strauss, compositor e maestro alemão (n. 1864)

"Richard Georg Straus (Munique, 11 de junho de 1864 — Garmisch-Partenkirchen, 8 de setembro de 1949) foi um compositor e maestro alemão. É considerado como um dos mais destacados representantes da música entre o final da Era Romântica e a primeira metade do século XX.

É conhecido por suas óperas, sobretudo Der Rosenkavalier e Salomé; por suas lieder, especialmente Quatro Últimas Canções(Vier letzte Lieder); por seus poemas sinfônicos, como Till Eulenspiegels lustige StreicheAlso sprach ZarathustraMorte e Transfiguração (Tod und Verklärung), Uma Sinfonia Alpina (Eine Alpensinfonie) e grandes obras orquestrais, como Metamorphosen, geralmente interpretada como uma meditação sobre a bestialidade da guerra - diante da Alemanha devastada pela guerra, da destruição de Munique e de lugares muito caros ao compositor, como a Ópera da sua cidade, onde ele atuara como principal maestro, entre 1894 e 1896.
Straus se notabilizou como maestro na Alemanha e na Áustria. Com Gustav Mahler, é um dos principais representantes do Romantismo alemão tardio, depois de Richard Wagner." (Fonte: Wikipédia)






quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Arqueólogos encontram 'oficina' que embalsamava múmias no Antigo Egito

"Local com idade superior a 2,5 mil anos estava soterrado a quase 30 metros de profundidade: pesquisadores esperam encontrar os óleos utilizados no processo de mumificação.

Uma descoberta única que pode ajudar a compreender um dos rituais mais fascinantes do Egito Antigo: arqueólogos localizaram uma espécie de oficina de mumificação onde os corpos eram embalsamados de acordo com a tradição religiosa. Soterrado a quase 30 metros de profundidade na necrópole de Saccara, sítio arqueológico localizado a 30 quilômetros da cidade de Cairo, o local contém sarcófagos adornados com pedras preciosas, máscaras mortuárias, tecidos e cinco múmias parcialmente preservadas.

Considerada uma "mina de ouro" de informações sobre o período, a oficina de mumificação também contém jarros que armazenariam os óleos e substâncias utilizadas para embalsamar os mortos. De acordo com Ramadan Badry Hussein, diretor de excavações da necrópole de Saccara, será possível analisar a composição química dos registros para encontrar as fórmulas utilizadas pelos sacerdotes do Egito Antigo.

Outra descoberta classificada como extremamente relevante foi uma máscara de prata que contém elementos de ouro. Apenas um adorno desse tipo havia sido encontrado por pesquisadores egípcios no período recente: agora, eles investigarão as informações para descobrir se o item seria destinado a algum nobre que viveu no período.

Com idade estimada em mais de 2,5 mil anos, o local continuará a ser cuidadosamente explorado pelos arqueológos. Na semana passada, o Ministério das Antiguidades do Egito revelou outra importante descoberta: uma escavação no distrito de Sidi Gaber encontrou o maior sarcófago já registrado na cidade de Alexandria. Ele tem 2,65 metros de comprimento, 1,85 metros de altura e 1,65 metros de largura, todo construído em granito negro. Foi encontrado enterrado a cinco metros de profundidade." (Fonte: Galileu)

Fotos: Wikimedia Commons)

domingo, 2 de setembro de 2018

Egito: Arqueólogos encontram oficina de mumificação com 2.500 anos

"Esta oficina de mumificação tem 2.500 anos.

Prevê-se que a descoberta venha a revelar mais pormenores acerca do processo de mumificação egípcia.

Um grupo de arqueólogos descobriu uma oficina de mumificação, com cerca de 2.500 anos, e uma antiga necrópole perto das famosas pirâmides do Egito, anunciou o Ministério das Antiguidades daquele país.

Numa conferência de imprensa, os responsáveis do Ministério disseram que os arqueólogos esperam que a descoberta venha a revelar mais pormenores acerca dos segredos do processo de mumificação, na 26.ª dinastia do antigo Egito.

Os investigadores também encontraram um local onde eram enterrados os mortos.

A descoberta agora divulgada data do período persa, entre 664-404 a.C. (antes de Cristo).

A estação de arqueologia está localizada no cemitério de Saqqara, integrado na necrópole de Memphis, classificada como Património Mundial da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)." (Fonte: DN)

Fotos: Reuters

Criado tour virtual para visitar o mausoléu da rainha egípcia Nefertari

"Pronto, você não precisa mais ir para o Egito para visitar a tumba da rainha Nefertari, esposa do faraó Ramsés II.

Na verdade, não é necessário nem mesmo sair de casa.

Nefertari morreu no ano de 1254 a.C., mas os arqueólogos só descobriram sua tumba em 1904. Os detalhes do túmulo fizeram com que ele fosse considerado um dos mais luxuosos do Antigo Egito. E, graças à empresa Experius VR, será possível conhecer os 520 metros quadrados do local através de um tour virtual.

Foram necessários dois meses de trabalho para que o projeto ficasse pronto. A tumba vinha sofrendo um desgate nos últimos anos devido à umidade e presença de fungos e bactérias responsáveis por prejudicar as pinturas. Agora, o tour virtual pode ser uma experiência para garantir a conservação ao mesmo tempo em que permite que um número maior de pessoas conheça a estrutura por dentro.

A experiência está disponível gratuitamente através do óculos de realidade virtual HTC Vive.
Quem não tem o dispositivo pode ao menos ver uma prévia de como é a parte interna da tumba de um vídeo interativo divulgado no Youtube pelo CuriosityStream. Veja aqui ..." (Fonte: Hypeness)



domingo, 15 de julho de 2018

Encontrado sarcófago intacto com mais de dois mil anos

«Um grupo de cientistas descobriu um túmulo, ao que tudo indica selado há mais de dois mil anos, em Sidi Gaber, na cidade de Alexandria, Egito.

É o maior sarcófago alguma vez encontrado na cidade e foi descoberto durante as limpezas do local, onde vai ser construído um novo edifício. De acordo com o site científico "ScienceAlert", o túmulo, analisado por investigadores do Conselho Supremo de Antiguidades, tem 1,85 metros de altura, 2,65 metros de comprimento e 1,65 metros de largura. Terá sido enterrado a quase cinco metros de profundidade, ao lado de uma cabeça branca de alabastro, que se acredita ser o busto do ocupante do sarcófago.

Ayman Ashmawy, diretor do departamento de Antiguidades Egípcias, explicou que uma camada de argamassa entre a tampa e o caixão de pedra indica que este não tenha sido aberto desde que foi selado, há mais de dois mil anos.

A descoberta é rara, uma vez que os túmulos dos antigos egípcios são frequentemente pilhados e danificados ao longo dos séculos, por isso, os arqueólogos quase nunca encontram sarcófagos intactos. Especialistas estão a tentar determinar o que está dentro do túmulo.

Em fevereiro, arqueólogos descobriram um túmulo com 4400 anos no Cairo. Acredita-se que o caixão pertencia a uma mulher conhecida como Hetpet, que os arqueólogos dizem ser familiar de antigos membros da realeza egípcia da quinta dinastia. Outras descobertas recentes incluem um antigo cemitério, com mais de 40 múmias e um colar com uma "mensagem da vida depois da morte". No Sudão, foi encontrada recentemente uma antiga estátua de um rei com cerca de 2600 anos.» (Fonte: JN)

Fotos: Ministério das Antiguidades do Egito