sábado, 22 de setembro de 2018

Constant Chevillon: toda a sua obra

Homem de grande coração, exemplar maçom, mártir da milícia francesa. Só ele estava destinado a esta jornada extraordinária, permanecendo para sempre como uma figura incontornável, às vezes polémico, às vezes idolatrado. Ele não era um ocultista, mas um grande espiritualista, que nos deixa a memória de um homem simples, mas profundo.

Ele será o tema central da Conferência Internacional da O.'.I.'.R.'.A.'.P.'.M.'.M.'. que decorrerá no próximo ano de 2019, em Lyon.

"Constant Chevillon (1880-1944) ... um homem para o nosso tempo"

... mais informações sobre a sua obra na "área reservada".

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Luzia, Maxakalisaurus, a múmia de Sha-Amun-in-su. O que se perdeu nas chamas do Museu Nacional do Rio

"As operações ainda não estão terminadas, mas a direção do museu acredita que 90% dos cerca de 20 milhões de peças estejam destruídos.

As nossas exposições estão fechadas em virtude do incêndio que destruiu grande parte das nossas coleções.” Apenas com uma frase, o Museu Nacional do Rio de Janeiro anuncia aquilo que parece óbvio, após o incêndio que destruiu o edifício do Palácio de São Cristóvão, que em tempos foi casa da família real portuguesa. Está dividido entre as áreas de arqueologia, paleontologia, antropologia, invertebrados e ainda emlaboratórios e salas de aula.

Oficialmente, ainda não se sabe ao certo o que sobreviveu ao incêndio. Ainda estão a decorrer os trabalhos de recuperação. “O meu calculo é que apenas 10% do acervo do museu resistiu, sobre a Luzia [o fóssil de hominideo mais antigo encontrado na América Latina] é impossível dizer se sobreviveu”, disse Cristina Serejo, vice-diretora do museu, citada pela imprensa brasileira. São mais de 20 milhões de peças – só cerca de três mil expostas, as restantes guardadas. Fazendo as contas, apenas dois milhões de peças devem ter sobrevivido, uma delas foi o meteoro Bendegó (o maior alguma vez encontrado no Brasil de com mais de cinco toneladas).

LUZIA: O FÓSSIL MAIS ANTIGO

Tem 12 mil anos e é fóssil de hominideo mais antigo da América Latina. Luzia, assim batizada em homenagem a Lucy (o mais antigo do mundo, com 3,2 milhões de anos ), está desaparecida. No momento do incêndio não se encontrava em exposição, estava guardada dentro de uma caixa num armário. Tal como o fóssil, também a reconstituição do crânio que o costuma acompanhar ainda não foi encontrada. Luzia destaca-se pelas suas feições, que faziam lembrar os atuais aborígenes australianos. Esta tem sido das peças com maior destaque nos meios de comunicação social
Segundo a Associated Press, o fóssil foi descoberto numas escavações em Belo Horizonte, em 1975. Esteve guardado por cerca de 20 anos e só em meados dos anos 90 do século passado os cientistas determinaram que se tratava do mais antigo fóssil alguma vez descoberto em território americano. Embora não tão antigos como a Luzia, existem crânios parecidos na Universidade de São Paulo e na Dinamarca, refere “A Folha de São Paulo”.

PEÇA DA COROAÇÃO”: A LIGAÇÃO A PORTUGAL

Cunhada em 1822 pelo rei português e imperador brasileiro D. Pedro I, a “Peça da Coroação” é considerada uma das maiores raridades que se encontravam no Museu Nacional do Rio de Janeiro. É a primeira moeda do Brasil independente. Na época foram emitidos 64 exemplares em ouro de 22 quilates, hoje são conhecidos apenas 16 - um deles está no Museu Numismático Português, em Lisboa.

MAXAKALISAURUS TAPAI, O DINOSSAURO

A sua reconstrução demorou dez anos e era uma das mais populares atrações do museu. O esqueleto de 13 metros do Maxakalisaurus tapai, um dinossauro herbívoro que viveu há cerca de 80 milhões de anos na América do Sul, foi encontrado em 1998 numa escavação perto de Minas Gerais. Segundo o jornal brasileiro “Estadão”, o museu tinha acabado de realizar uma petição para renovar a área em que o fóssil estava em exposição. Entre a coleção de fósseis de dinossauros há ainda pterossauros, répteis voadores.

ANTIGO EGITO

Foi durante a liderança de D. Pedro I que as 700 peças referentes ao antigo Egito começaram a chegar ao museu. Nos dias de hoje, era a maior coleção de antiguidades egípcias na América do Sul. Grande parte, refere o “Estadão”, eram oriundas das cidades de Trebas e Abidos: estelas, estátuas, caixões e múmias, entre outras raridades.

MÚMIA: O PRESENTE PARA O REI

O sarcófago Sha- Amun-en-su foi um presente dado a D. Pedro II pelo vice-rei do Egito, o Quediva Ismail, em 1876, durante uma visita ao Médio Oriente. O caixão pintado da “Cantora de Amon” esteve no gabinete de D. Pedro II até à à proclamação da República Brasileira e só depois foi levado para completar a coleção. “O exame tomográfico realizado na múmia de Sha-Amun-in-su revelou a presença de amuletos no interior do caixão, entre eles um escaravelho-coração”, descreve o museu na sua página. É datado de 750 a.C.

POVO INDÍGENA

Outra das exposições do museu é dedicada à cultura indígena, sendo uma das peças mais importantes os corpos mumificados de um adulto e de duas crianças, refere a Associeted Press. Além disso, a coleção incluiu ainda muitos outros objetos como arcos e flechas de diferentes indígenas." (Fonte: Expresso)


Fotos: Mauro Pimentel / GETTUY IMAGES

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Os cientistas já sabem (quase) tudo sobre as múmias do sarcófago negro do Egito

"No início de julho, um enorme sarcófago negro foi descoberto em Alexandria, no Egito. O misterioso túmulo foi aberto dias depois e os especialistas identificaram no seu interior três múmias danificadas pela água que se tinha infiltrado.

Os cientistas acreditam que se trata de uma sepultura do do período ptolemaico, que começou logo após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C.

Após três semanas de trabalho intenso, um grupo de especialistas egípcios, liderados pela investigadora Zeinab Hasheesh, conseguiu determinar a idade, o sexo e a altura das múmias encontradas.

De acordo com os investigadores, o sarcófago tinha no seu interior dois homens e uma mulher. Um dos homens, tinha entre 35 e 39 anos e media, aproximadamente, 1,60 a ,1,65 metros; já o segundo, possuía uma estrutura física mais forte, tinha entre 40 e 44 anos e media entre 1,79 e 1,84 metros.

Segundo a localização dos restos no túmulo, os investigadores supõem que os corpos foram enterrados em duas etapas distintas.

A mais antiga intervenção cirúrgica

Mas as descobertas não ficaram por aqui. Os investigadores encontraram ainda um buraco com cerca de 1,7 centímetros de largura na zona posterior do crânio de um dos homens. A incisão revela que o homem viveu durante muito tempo com essa cavidade no cérebro – ou seja, o buraco foi resultado de uma intervenção cirúrgica.

A incisão neste crânio é “umas das práticas médicas mais antigas utilizadas pela humanidade, mas raramente era aplicada no Antigo Egito, onde se encontram poucos crânios com vestígios de operação”, explicou Hasheesh.

No futuro, os cientistas tencionam continuar a estudar os restos encontrados no misterioso sarcófago negro através de exames de ADN que ajudarão a determinar o grau de parentesco entre os três indivíduos. O líquido extraído de dentro do sarcófago também será analisado.

Descobertas 3 inscrições no sarcófago

Foram ainda encontradas três inscrições, gravadas em folhas de ouro, no túmulo. A Live Science ouviu vários especialistas que não estiveram envolvidos na investigação, para tentar compreender o significado do desenhos encontrados.

Um dos desenhos é uma cobra, revelou Jack Ogden, presidente da Sociedade de Historiadores de Jóias, especialistas em joelharia de ouro egípcia.

O investigador relembrou que as cobras era muito utilizadas nas jóias egípcias, relembrando que estes animais estão relacionadas com o “renascimento – uma vez que trocam a sua pele – e, por isso, são perfeitas para uma cerimónia fúnebre”.

Jack Ogden relembrou ainda que as serpentes estavam “aparentemente associadas à Deusa Ísis“. “Regra geral, parece que as jóias com cobras eram, na sua maioria, associadas à mulheres. No entanto, não posso afirmar que a cobra aqui inscrita estivesse associada à mulher aqui sepultada”, acrescentou.

O segundo e mais enigmático desenho mostra o que pode ser uma semente de uma papoila de ópio no interior de um santuário. Ogden enfatiza, contudo, que não há certezas sobre o que possa significar.

“O ópio parece ter sido bastante usado no Egito greco-romano para fins medicinais, mas pode haver alguma conexão – pelo menos na mentalidade antiga – relativamente às suas qualidades na indução do sono e dos sonhos bem como, na morte e renascimento”, explicou Ogden. “É intrigante”, rematou.
O terceiro desenho mostra um ramo de uma palmeira ou uma espiga de milho, ambos normalmente associados “à fertilidade a ao renascimento”, concluiu.

O misterioso e enorme túmulo foi descoberto no início do mês de julho e, desde então, multiplicaram-se especulações sobre o que estaria lá dentro.

O sarcófago de 30 toneladas foi datado pouco depois da morte de Alexandre, o Grande, que conquistou a área em 332 a.C., e, por isso, alguns investigadores acreditavam que pudesse conter os restos mortais do rei da Macedónia. Outros, menos céticos, acreditavam que a abertura do túmulo selado há mais de 2 mil anos podia trazer uma maldição mortal.

Na verdade, o túmulo “escondia” três múmias envolvidas em água suja do esgoto. O líquido deve ter-se infiltrado, acelerando o processo de decomposição dos corpos." (Fonte: ZAP)

Fotos: Ministério de Antiguidades do Egito

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Queijo mais antigo do mundo encontrado em túmulo egípcio

"Amostra recolhida indica que queijo poderá estar contaminado com a bactéria da febre mediterrânica.

Um grupo de investigadores descobriu dentro de um túmulo em Sacará, no Egito, o queijo mais antigo do mundo. com evidências de uma bactéria que pode causar brucelose, também conhecida como febre mediterrânica, e que se propaga em produtos lácteos não pasteurizados, de acordo com um estudo publicado na revista da Sociedade Americana de Química.

De acordo com a Europa Press, o túmulo de Ptahmes, um escriba e chefe do exército egípcio há 3.200 anos, foi saqueado no século XIX e redescoberto em 2010. Dentro de um dos frascos partidos que estavam dentro da sepultura foi encontrada uma massa branca solidificada.

Uma amostra desse achado foi analisada e os investigadores descobriram, segundo revelam agora no estudo publicado, que se tratava um queijo, feito com leite de vaca e de ovelha ou cabra. Mas mais que o queijo, a investigação revelou que o queijo poderá estar contaminado com a "Brucella melitensis", uma bactéria que causa brucelose, uma doença potencialmente mortal que se propaga em pessoas e animais e que costuma surgir, geralmente, em produtos lácteos não pasteurizados. Se a análise preliminar se comprovar, a amostra poderá representar a prova mais antiga da existência da doença.

O estudo foi financiado pelo Ministério da Educação, Universidade e Investigação de Itália, pela Universidade de Catânia, em Itália, e pela Universidade do Cairo, no Egipto." (Fonte: www.udjat.pt)

A origem da mumificação no Egito vem de muito antes da Era dos Faraós

"As primeiras múmias geralmente são associadas com o Velho Reino do Antigo Egito, mas como uma investigação intensiva de múmias de 5.600 anos de idade confirma, os métodos utilizados para essa prática funeral icônica vêm de muito antes da era dos faraós.

Pensava-se que a prática de mumificação e as técnicas usadas para embalsamar (como o uso de resinas) tinham se originado no Velho Reino do Antigo Egito (também conhecido como “Era das Pirâmides”), em torno de 2500 a.C. Mas essa interpretação foi desafiada por uma análise de 2014de tecidos funerários encontrados na região sul do Egito, em Mostagedda, que empurrou a origem da mumificação egípcia 1.500 anos para trás.

A nova pesquisa, publicada nesta semana no periódico Journal of Archaeological Science pelo mesmo grupo de cientistas, amplia o nosso conhecimento sobre como e quando a prática de mumificação foi desenvolvida no Egito Antigo, incluindo os agentes utilizados no processo de embalsamamento. O novo estudo confirma a data de origem proposta no trabalho anterior, mas ao contrário da análise de 2014 dos tecidos funerários, essa última pesquisa foi conduzida na própria múmia. E isso nem é o mais significativo.

“Embora a múmia não seja a primeira evidência a revelar os agentes formativos do embalsamento que datam de cerca de 4300 a.C., é o primeiro objeto intacto que revela uma parte vital do processo icônico que depois se tornaria a mumificação faraônica egípcia”, disse Stephen Buckley, arqueólogo da Universidade de York e co-autor do novo estudo, ao Gizmodo.

A múmia em questão é conhecida como Múmia S. 293 (RCGE 16550), e tem sido estudada por cientistas há mais de um século. Ela esteve exposta do Museu Egípcio em Turim desde 1901. A múmia é única por nunca ter sido exposta a tratamentos de conservação; sua condição imaculada faz dela um objeto ideal para análise científica.

Anteriormente, cientistas assumiram incorretamente que a Múmia S. 293 tinha sido mumificada naturalmente pelas condições quentes e secas do deserto, um processo conhecido como dessecação. A nova pesquisa mostra que esse não é o caso – a múmia foi produzida por embalsamadores que empregaram uma mistura de óleo de plantas, resina de coníferas aquecida, um extrato de planta aromática e uma goma/açúcar de plantas. Juntos, esses ingredientes tinham propriedades antibacterianas muito potentes.

“Pela primeira vez identificamos o que pode ser descrito como uma ‘receita de embalsamento’ egípcia – basicamente a mesma receita antibacteriana que se tornaria parte vital da mumificação durante o período faraônico perto de 3100 a.C.”, disse Buckley.

Utilizando microscópios, os pesquisadores examinaram os tecidos ao redor da múmia, enquanto uma análise química foi realizada para identificar os ingredientes da receita de embalsamento. Uma análise genética foi feita para identificar tanto o DNA humano quanto o não-humano (como material vegetal) associados à múmia. Nenhum DNA humano foi extraído do espécime, provavelmente resultado da exposição excessiva no museu.

O método de datação por radiocarbono definiu a origem da múmia entre os anos 3650 e 3380 a.C. Utilizando outra evidência, como as mudanças conhecidas da tecnologia têxtil egípcia, os autores estreitaram a data para algo entre 3650 a 3500 a.C. Uma análise do desgaste dentário sugere que a múmia tinha entre 20 a 30 anos de idade quando morreu.

A receita de embalsamento foi surpreendentemente similar a uma utilizada 2500 anos depois, quando a mumificação egípcia atingiu o seu pico cultural. Essa similaridade aponta para uma visão compartilhada da morte e de vida após a morte cerca de 500 anos antes de o Egito se tornar a primeira nação-estado do mundo, disse Buckley.

De fato, essa técnica de mumificação data do estágio de Naqada da pré-história egípcia, que aconteceu substancialmente antes do Período Faraônico. Mas as análises também revelaram o uso de uma resina de coníferas antibacteriana que não é nativa do Egito. Esse composto deve ter sido importado, provavelmente do Oriente Próximo, onde atualmente está Israel e a Palestina.

Isso é importante para o nosso entendimento da extensão do comércio antigo nesse período – sabíamos que existia comércio entre o Egito e o Oriente Próximo, mas a negociação de resinas de vegetais entre o Oriente Próximo e o sul do Egito é uma adição bem útil ao que sabíamos”, disse Buckley ao Gizmodo. “E sendo notavelmente semelhante aos enterros pré-históricos que datam de 4300 a.C. a 3100 a.C. em Mostagedda, se torna uma primeira indicação de que a receita de embalsamamento estava sendo utilizada em uma área geográfica mais ampla numa época em que o conceito de identidade pan-egípcia supostamente ainda estava em desenvolvimento“.
Múmias como essa são extremamente raras. Essa pesquisa nos dá uma visão importante das tecnologia empregadas pelos egípcios antigos, e da influência marcante da cultura do Egípcio pré-dinástico nos períodos subsequentes. Como mostra esse estudo, até a história antiga tem sua história antiga." (Fonte: www.udjat)

Fotos: Múmia S. 293 (RCGE 16550). Crédito: Egyptian Museum, Turin/J. Jones et al., 2018 e Stephen Buckley/Universidade de York

domingo, 9 de setembro de 2018

Sarcófago encontrado no Egito pode ser de Alexandre, o Grande

"A descoberta de um sarcófago de granito preto na cidade de Alexandria, no Egito, no dia 1º de julho, causou frenesi em todo o mundo. Ele é o maior já descoberto na região e deve ser aberto nos próximos dias, depois de permanecer intacto por mais de dois mil anos. O artefato, que mede 2,7 m de comprimento e 1,65 m de largura, pesa cerca de 30 toneladas, não tinha nenhuma inscrição ou identificação, apenas uma cabeça de homem feita de alabastro (pedra muito usada pelos antigos egípcios). Agora, arqueólogos acreditam que o "misterioso" objeto pode pertencer ao lendário Alexandre, o Grande – ou Alexandre Magno, governou o grande império da Macedônia entre 332 a.C. a 323 a.C.

A tumba de granito foi encontrada durante escavações de rotina realizadas antes da autorização de construção de um edifício em Alexandria, que fica a cerca de 200 km ao norte do Cairo, capital do Egito.

Em uma entrevista para o jornal inglês The Telegraph, o famoso arqueólogo egípcio Zahi Hawass, ex-secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, assegurou que o fato de o sarcófago ter sido feito de granito mostra a importância social do seu proprietário, principalmente porque Asuan, a cidade de onde a rocha possivelmente foi extraída, se situa a mais de mil km de distância de Alexandria.

No entanto, sem abrir a tumba, há poucas informações sobre a identidade do homem que foi enterrado nela, já que a cabeça de pedra encontrada junto dela está muito desgastada pela ação do tempo. Além disso, o sarcófago não contém nenhum indício que possa ajudar a identificar o dono. Os arqueólogos estimam que ele pertença a um cidadão nobre ou rico que viveu no Reino Ptolomaico, entre 323 e 30 a.C. –  começou com a ascensão de Ptolemeu I Sóter após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a. C. e terminou com a morte de Cleópatra VII e a conquista romana em 30 a.C.

Tumba de Alexandre

Ao longo de centenas de anos, arqueólogos e exploradores de todo o mundo tentam encontrar a tumba do antigo imperador da Macedônia, mas, até agora, sem êxito.

Estima-se que houve pelo menos 140 tentativas malsucedidas de encontrar seu paradeiro, mas o achado em Alexandria sugere a possibilidade de se ter descoberto algo importante, podendo ser até mesmo os restos mortais do famigerado lídero macedônico.

"Todo o mundo está procurando a tumba de Alexandre. Temos certeza de que ele foi enterrado em Alexandria. E a descoberta do sarcófago demonstra que, um dia, quando se estiver demolindo uma vila ou uma casa, pode ser encontrada sua tumba", comenta Zahi Hawass ao The Telegraph.

Contudo, abrir o sarcófago pela primeira vez exigirá muito trabalho preliminar. "É arriscado abri-lo de imediato, temos que nos preparar", afirma Ayman Ashmawy, alto funcionário do Ministério de Antiguidades do Egito, também em entrevista para o jornal inglês, explicando que a tumba deverá ser aberta no local onde foi encontrada.

"É difícil movê-lo intacto e abri-lo num museu. O artefato está a cinco metros de profundidade e pesa mais de 30 toneladas. Somente a tampa dele pesa 15 toneladas", acrescenta Ashmawy.

Nas próximas semanas, uma equipe de engenheiros visitará o local levando equipamentos pesados e suportes estruturais a fim de remover a tampa do sarcófago. Em seguida, serão chamados especialistas em mumificação e restauração para garantir que o conteúdo seja devidamente preservado, uma vez que será exposto ao ar livre pela primeira vez em milênios." (Fonte: Sputnik e Revista Encontro)

Fotos: Ministry of Antiquities of Egypt

Entrámos na Idade de Meghalaya. Cientistas acrescentam novo capítulo à história da Terra

"Bem-vindos ao Megalaiano ou Idade de Meghalaya, um "novo" capítulo da história da Terra que os cientistas acrescentaram agora à Tabela Cronoestratigráfica Internacional.

O que é esta tabela? É uma forma de organizar as várias eras, períodos e idades dos 4600 milhões de anos da história geológica da Terra. O que os investigadores vêm agora dizer é que há um novo capítulo, que começou há 4200 anos, e que vai começar a aparecer nos manuais escolares e nas salas de aula.

Este novo capítulo que agora é acrescentado será o o Megalaiano ou Idade de Meghalaya (na tabela já divulgada em inglês é Meghalayan Age), uma referência ao sítio na Índia onde foram encontradas as estalagmites que definem o que os investigadores consideram o início desta nova fase.

A tabela é da responsabilidade da IUGS (União Internacional de Ciências Geológicas), que anunciou as novas subdivisões do Holocénico, a época do período Quaternário em que vivemos. Esta época está agora dividida em três fases: em inglês, "Greenlandian", "Northgrippian" e "Meghalayan", que podem ser traduzidos como Gronelandiano, Nortegripiano e Megalaiano, respetivamente.

A fronteira de cada uma é definida, no Holocénico, por um evento climático marcante, embora os métodos e eventos-chave selecionados para defini as divisoes sejam variáveis, explica a professora universitária Ana Cristina Azerêdo, da Faculdade de Ciências das Universidade de Lisboa.

"A base do Holocénico corresponde ao início de fase de aquecimento subsequente ao fim do último período glaciar, tendo sido determinada a partir de parâmetros geoquímicos medidos no gelo de sondagens realizadas na Gronelândia e complementada com dados geoquímicos e micropaleontológicos obtidos em sondagens de sedimentos lacustres e oceânicos, que evidenciaram com precisão o nível que regista os sinais dessa mudança para o clima dos últimos 11 700 anos", explica a docente. A segunda fase, Nortegripiano, também foi delimitada em sondagens do gelo da mesma região. E para a mais recente, "o limite inferior foi datado a partir de estalagmites (depósitos calcíticos em grutas) numa zona da Índia, correspondendo também a alteração climática, que influenciou a evolução das civilizações humanas".

A Idade Meghaliana começou há 4200 anos com uma seca catastrófica e um período de arrefecimento, cujos efeitos duraram dois séculos e afetaram civilizações como o Antigo Egito. É única, defende o geólogo Stanley Finney, da IUGS, em declarações à BBC, no sentido em que este evento climático produziu alterações nas civilizações humanas.

A mudança acontece numa altura em que há uma discussão acesa na comunidade científica sobre se a Terra entrou numa nova era geológica, que tem sido chamada de Antropoceno e que terá começado no século XVI. A palavra Antropoceno é aqui usada para dar conta da altura em que a espécie humana se tornou uma força com um impacto no planeta que já não passa despercebido.

Ou seja, as divisões do Holocénico surgem numa altura em que os cientistas discutem se já abandonámos esta era. Assim, no meio deste debate, há investigadores que acham que a revisão da tabela e introdução destas novas idades não foi devidamente aprofundada, como o geógrafo Mark Maslin, que criticou a decisão, em declarações à BBC.

Em reação à polémica, a IUGS lembrou, no Twitter, já esta quarta-feira, que as novas fases foram propostas pela Comissão internacional de Estratigrafia, numa equipa liderada por Mike Walker da Universidade de Gales, e aprovadas pela IUGS, "após muito debate". Lembrou também que quando a proposta foi aprovada pela subcomissão do Quaternário, o presidente do grupo de trabalho do Antropoceno era subcomissário daquela comissão." (Fonte: DN)

sábado, 8 de setembro de 2018

Em 8 de setembro de 1949 faleceu Richard Strauss, compositor e maestro alemão (n. 1864)

"Richard Georg Straus (Munique, 11 de junho de 1864 — Garmisch-Partenkirchen, 8 de setembro de 1949) foi um compositor e maestro alemão. É considerado como um dos mais destacados representantes da música entre o final da Era Romântica e a primeira metade do século XX.

É conhecido por suas óperas, sobretudo Der Rosenkavalier e Salomé; por suas lieder, especialmente Quatro Últimas Canções(Vier letzte Lieder); por seus poemas sinfônicos, como Till Eulenspiegels lustige StreicheAlso sprach ZarathustraMorte e Transfiguração (Tod und Verklärung), Uma Sinfonia Alpina (Eine Alpensinfonie) e grandes obras orquestrais, como Metamorphosen, geralmente interpretada como uma meditação sobre a bestialidade da guerra - diante da Alemanha devastada pela guerra, da destruição de Munique e de lugares muito caros ao compositor, como a Ópera da sua cidade, onde ele atuara como principal maestro, entre 1894 e 1896.
Straus se notabilizou como maestro na Alemanha e na Áustria. Com Gustav Mahler, é um dos principais representantes do Romantismo alemão tardio, depois de Richard Wagner." (Fonte: Wikipédia)






quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Arqueólogos encontram 'oficina' que embalsamava múmias no Antigo Egito

"Local com idade superior a 2,5 mil anos estava soterrado a quase 30 metros de profundidade: pesquisadores esperam encontrar os óleos utilizados no processo de mumificação.

Uma descoberta única que pode ajudar a compreender um dos rituais mais fascinantes do Egito Antigo: arqueólogos localizaram uma espécie de oficina de mumificação onde os corpos eram embalsamados de acordo com a tradição religiosa. Soterrado a quase 30 metros de profundidade na necrópole de Saccara, sítio arqueológico localizado a 30 quilômetros da cidade de Cairo, o local contém sarcófagos adornados com pedras preciosas, máscaras mortuárias, tecidos e cinco múmias parcialmente preservadas.

Considerada uma "mina de ouro" de informações sobre o período, a oficina de mumificação também contém jarros que armazenariam os óleos e substâncias utilizadas para embalsamar os mortos. De acordo com Ramadan Badry Hussein, diretor de excavações da necrópole de Saccara, será possível analisar a composição química dos registros para encontrar as fórmulas utilizadas pelos sacerdotes do Egito Antigo.

Outra descoberta classificada como extremamente relevante foi uma máscara de prata que contém elementos de ouro. Apenas um adorno desse tipo havia sido encontrado por pesquisadores egípcios no período recente: agora, eles investigarão as informações para descobrir se o item seria destinado a algum nobre que viveu no período.

Com idade estimada em mais de 2,5 mil anos, o local continuará a ser cuidadosamente explorado pelos arqueológos. Na semana passada, o Ministério das Antiguidades do Egito revelou outra importante descoberta: uma escavação no distrito de Sidi Gaber encontrou o maior sarcófago já registrado na cidade de Alexandria. Ele tem 2,65 metros de comprimento, 1,85 metros de altura e 1,65 metros de largura, todo construído em granito negro. Foi encontrado enterrado a cinco metros de profundidade." (Fonte: Galileu)

Fotos: Wikimedia Commons)

domingo, 2 de setembro de 2018

Egito: Arqueólogos encontram oficina de mumificação com 2.500 anos

"Esta oficina de mumificação tem 2.500 anos.

Prevê-se que a descoberta venha a revelar mais pormenores acerca do processo de mumificação egípcia.

Um grupo de arqueólogos descobriu uma oficina de mumificação, com cerca de 2.500 anos, e uma antiga necrópole perto das famosas pirâmides do Egito, anunciou o Ministério das Antiguidades daquele país.

Numa conferência de imprensa, os responsáveis do Ministério disseram que os arqueólogos esperam que a descoberta venha a revelar mais pormenores acerca dos segredos do processo de mumificação, na 26.ª dinastia do antigo Egito.

Os investigadores também encontraram um local onde eram enterrados os mortos.

A descoberta agora divulgada data do período persa, entre 664-404 a.C. (antes de Cristo).

A estação de arqueologia está localizada no cemitério de Saqqara, integrado na necrópole de Memphis, classificada como Património Mundial da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)." (Fonte: DN)

Fotos: Reuters

Criado tour virtual para visitar o mausoléu da rainha egípcia Nefertari

"Pronto, você não precisa mais ir para o Egito para visitar a tumba da rainha Nefertari, esposa do faraó Ramsés II.

Na verdade, não é necessário nem mesmo sair de casa.

Nefertari morreu no ano de 1254 a.C., mas os arqueólogos só descobriram sua tumba em 1904. Os detalhes do túmulo fizeram com que ele fosse considerado um dos mais luxuosos do Antigo Egito. E, graças à empresa Experius VR, será possível conhecer os 520 metros quadrados do local através de um tour virtual.

Foram necessários dois meses de trabalho para que o projeto ficasse pronto. A tumba vinha sofrendo um desgate nos últimos anos devido à umidade e presença de fungos e bactérias responsáveis por prejudicar as pinturas. Agora, o tour virtual pode ser uma experiência para garantir a conservação ao mesmo tempo em que permite que um número maior de pessoas conheça a estrutura por dentro.

A experiência está disponível gratuitamente através do óculos de realidade virtual HTC Vive.
Quem não tem o dispositivo pode ao menos ver uma prévia de como é a parte interna da tumba de um vídeo interativo divulgado no Youtube pelo CuriosityStream. Veja aqui ..." (Fonte: Hypeness)