terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

"A múmia que grita" foi um príncipe que cometeu um ato hediondo

"O mistério de "A múmia que grita", como ficou conhecida, intrigou os arqueólogos durante décadas, mas parece ter sido finalmente resolvido: a expressão de agonia tem origem numa morte que foi um castigo e o homem foi enterrado vivo ou envenenado.

Os restos mortais foram encontrados no vale de Deir El Bahri, muito perto do histórico Vale dos Reis, no Egito, e surpreenderam logo os investigadores quando se depararam com o rosto mumificado num grito silencioso.

Durante anos, várias teorias tentaram explicar a identidade do homem e perceber qual o motivo para ter sofrido uma morte tão agonizante.

Uma das teorias mais populares é a de ele era o príncipe Pentewere, filho do faraó Ramsés III e de uma das suas mulheres, Tiye.

O príncipe Pentewere conspirou para matar o pai e assumir o trono. Os seus planos não vingaram e foi julgado e condenado à morte.

No entanto, essa teoria foi considerada falsa, tendo em conta a última descoberta.

"Duas forças agiram neste corpo: uma que o tentava destruir e outra que o tentava salvar", disse Bob Brier, um arqueólogo da Universidade de Long Island, em Nova Iorque, que examinou a múmia.
Zahi Hawass, do Conselho Supremo de Antiguidades egípcio, diz que é provável que os restos mortais sejam de um príncipe que envergonhou a família, uma vez que foi enterrado ao lado de outros reis, mas ficou coberto com uma pele de carneiro.

"No Egípcio antigo cobrir com uma pele de carneiro significava que a pessoa não estava limpa, que tinha feito algo mau durante a vida", explicou Zahi.

"Por algum motivo, houve uma tentativa de garantir que ele não tivesse uma vida após a morte, mas houve ainda outra outra tentativa, a de alguém que se preocupou com ele e tentou reverter a situação"." (Fonte: DN)

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